Tão perto e tão longe. 450 km, mais coisa menos coisa, são o que separa a nossa casa de Sevilla, e nunca lá tínhamos estado.
Aproveitando uns dias livres de escola e trabalho, decidimos começar o ano com uma pequena viagem e arrancamos para a capital da região da Andaluzia. Fizemos a ida pelo Algarve e o regresso pelo Alentejo (Elvas). Ambas as rotas são equivalentes em distância e bem retas, mas diferentes no estado em que se encontram – neste momento, a “de baixo” está bem desgastada. Adelante.
Ficamos alojados no Novotel Sevilla, que tem um preço justo para a comodidade que oferece e fica mesmo em frente ao estádio do Sevilla FC, o Sánchez Pizjuán, no bairro de Nervión. Sem estar diretamente no centro, é um ponto muito bem servido de infraestrutura e transportes.
Sevilla é linda, ponto. Mesmo que não entremos em nenhum monumento ou ponto turístico, dá para nos deslumbrarmos vagueando pelas suas ruas e vielas e contemplando a sua arquitetura única. Não sendo minimamente entendido no assunto, dá claramente para “sentir” a mistura moura, andaluz, romana e sei lá o que mais, que lhe confere um espírito bem singular. Ao contrário de outras capitais do turismo, achamos a cidade muito limpa e segura (mesmo imediatamente após o período festivo!) e com uma mistura harmoniosa entre o clássico e o moderno.
Para circular, além dos pés, usamos uma espécie de elétrico/bonde que rapidamente nos deixou no centro histórico. Começamos pela bonita Plaza de España e o parque circundante. Daí seguimos para o Real Alcázar, que infelizmente só conseguimos conhecer por fora, dado que os bilhetes para os dias em que lá estivemos estavam todos esgotados – é um dos males do mundo moderno, ser difícil visitar lugares sem marcações e pacotes e afins. Um mal de primeiro mundo, é certo, mas já foi bem impactante conhecê-lo do lado de fora.
Finalmente, subimos às Setas, o nome informal dado à maior estrutura de madeira do mundo. É um exemplo de arquitetura moderna bem encaixada na cidade antiga, oferecendo uma vista deslumbrante sobre Sevilla e um filme em widescreen muito interessante sobre as tradições locais, no final da visita.
Não posso deixar de mencionar o quão bem se come na cidade – tapas, obviamente, afinal estamos no berço delas! Presumo que sejam boas em praticamente todo o lado, mas aleatoriamente calhámos na Bodega El Rincón de Kevin, próximo à Plaza Nueva, onde, além das tapas, comemos uma Paella que nos conquistou, apesar de não sermos propriamente fãs da iguaria. Perto do hotel, também adorámos os asados argentinos do restaurante Milongas.
Ficou a faltar a Isla Mágica, que está fechada nesta época do ano pelo que, pelo menos por esse motivo, volveremos!