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Miami

Em pleno começo de Abril frio e chuvoso em Portugal, fomos à procura de praia, sol e águas quentes, e encontramos tudo isso e um pouco mais, em Miami.

O ano passado estive em Nova Iorque, e apesar de muito diferente de Miami, tive um gostinho de algumas das coisas que íamos encontrar (dessa vez em família e com mais calma) nesta viagem – a mais presente delas, aquele espanto e sensação de estarmos dentro de um filme, que é inevitável para quem anda nos Estados Unidos pela primeira vez – coisas simples: os carros enormes, os autocarros escolares e camiões, os polícias no drive-in comprando Donuts, o Walmart… teve todo esse turismo Hollywodesco, para todos, sem desilusão!

Outras coisas mundanas, mais particulares ou aleatórias que nos surpreenderam (por desconhecimento):

  • Ouvimos falar mais espanhol do que inglês; seja nas ruas ou nos serviços, a comunidade latino-americana é imensa, os próprios americanos acabam por ficar fluentes na língua dos nossos hermanos, e foi engraçado embrulhar o portunhol ao invés de recorrer à língua inglesa.
  • Alugar carro é muito mais barato do que em qualquer outro lugar em que o tenhamos feito, e o processo também foi bem peculiar, pelo menos na nossa locadora (Dollar) – chegados ao estacionamento, o rapaz da recepção só nos disse “vai naquela fila e pega o carro que quiseres, tem todos a chave dentro”, numa fila de uns 20 carros gigantescos. Pegamos o menor deles, um Toyota Sienna, e fomos felizes com ele. 7 lugares, híbrido, deu para ir e vir de Orlando sem necessidade de abastecer novamente. Win.
  • Ainda em comparação com Nova Iorque; apesar de também ser imensa, é muito, muito menos acelerada, mais descontraída, e transmite mais uma sensação de grande parte da população estar lá para relaxar e viver bem (muitos reformados, também) do que para o hustle.

Estivemos durante os primeiros dias em Coconut Grove, um bairro histórico, charmoso e muito agradável, quase meio familiar, em contraste com o centro. Tem o pequeno senão de não ser propriamente perto (a pé) de praias, mas como tínhamos carro, facilmente estávamos em qualquer lado, e uma praia que adoramos lá por perto foi a de Crandon Park. Pouco glamour, mas muito espaçosa, calma, excelente para um dia de praia em família, e para tomar contato com alguma natureza selvagem também – iguanas, pelicanos, por aí vai.

Deu ainda para conhecer a mais badalada Miami Beach e a sua icónica Ocean Drive, mais uma vez, com toda uma vibe de estarmos dentro de um filme ou uma série (inclusive estacionamos em frente ao estúdio Miami Ink). Uma praia com bastante mais gente, mas a extensão de areia é tão grande que é impossível sentir que é gente a mais.

Essa viagem envolveu ainda um “desvio” de dois dias a Orlando à Disney, mas depois eu faço um post só dedicado a isso! No regresso, pousamos por mais uns dias em Sunny Isles Beach, mais afastado mas aí sim a poucos passos da praia, para relaxar antes do regresso à vida normal.

No dia de regresso, duas paragens nos arredores do aeroporto que aconselho:

Uma paragem obrigatória em Little Havana, que como o nome indica é um verdadeiro pedacinho de Cuba; mais uma vez, só se habla espanhol; muito idoso jogando dominó, vendedores de água de coco e empanadas nas ruas, galinhas correndo soltas estradas afora, foi talvez o lugar mais pitoresco e engraçado por onde passamos nesta viagem.

Uma cedência aos impulsos consumistas no Dolphin Mall, um shopping outlet onde dá para aproveitar uns ótimos preços em marcas americanas que custam os olhos da cara no velho continente (Levi’s, GAP, etc), e onde deu também para engordar mais um pouco com uma das cadeias de gordices que estava na nossa lista – The Cheesecake Factory.

Não deu para tudo o que gostaríamos – faltou por exemplo, ir ver um jogo da NBA, ou ir ver os alligators nos Everglades (não consegui convencer ninguém…), mas pegamos um calor muito bom (sempre 25 graus para cima, com a água do mar quase na mesma temperatura), e foram sem dúvida umas férias incríveis.

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