Acabei de chegar do Pavilhão de Almada (Complexo Municipal de Desportos bla bla bla), onde pela primeira vez uma equipa portuguesa se sagrou campeã de uma competição europeia de Andebol, no confronto directo com os polacos do MMTS Kwidzyn.
Quis o destino (e a falta de um pavilhão próprio) que esta final calhasse a ser no meu concelho, e eu não poderia deixar de marcar presença. Tirando a festa do título de 99/2000, nunca tinha visto nada assim em Almada. O pavilhão rebentava pelas costuras, desconfio que foi vendida uma boa quantidade de bilhetes acima da lotação, dada a quantidade de gente em pé e espalmada por todo o lado.
Foi a primeira vez que vi um jogo de Andebol ao vivo, e foi espectacular, não tem comparação com as tardes de sofá na RTP2: emotivo, físico, frenético, e com tremendas jogadas, de arregalar os olhos. Para repetir.
Fruto de uma primeira parte em que defendemos com grande agressividade e partimos sempre para ataques rápidos e concretizações fáceis, fomos para o intervalo a vencer por 16-9, o que aliado à vitória na Polónia na primeira mão nos deixava com uma mão na taça.
Na segunda parte, resolvemos complicar as coisas, com muita displicência na defesa e uma vontade grande por parte do adversário de limpar a imagem de desnorte dada na primeira parte. A isso junte-se dois livres de 7 metros falhados pelo nosso capitão Bosko, e duas bolas praticamente seguidas ao poste, tornaram os últimos dez minutos num verdadeiro martírio. Preciosíssimas as brilhantes defesas do grande Humberto, e as bombas de Petric a amenizar os estragos causados pelos golos adversários.
O Humberto levou-me mesmo às lágrimas com o pranto em que desabou no fim do jogo, e o Vladimir Petric é um verdadeiro TANQUE, que jogador, que máquina, que besta!
Com uma mini-pancadaria provocada pelos polacos já perto do fim e que levou à expulsão do Petric, o jogo lá terminou, com o marcador a indicar 26-25 e a multidão a ir ao delírio. Só quem lá esteve é que pode saber o que é aquele ambiente, aquele calor infernal, o público a carregar a equipa… isto sim, é Sporting. Inesquecível.
Abaixo o início de uma explosão muito maior, com o livre de 7 metros do Bruno Moreira praticamente a sentenciar a partida.
E quem procurar bem, encontra a mim e ao meu pai no vídeo abaixo.
Hajam alegrias este ano, esperemos que a próxima seja dada pelo futsal. Muito, muito bem mandado o cântico no fim a exigir que queremos um pavilhão.
Sem saber o motivo, acho um bocado mau aspecto a Maria Emília não estar lá e fazer-se representar por um vereador, mas quero que ela se…
ATÉ MORRER, SPORTING ALLEZ!