Andanças

England, the end

Bom, lá tivemos nós que regressar à base. Acaba por ser sempre frustrante visitar Londres, porque nunca saímos satisfeitos, nunca vemos tudo o que queremos, esta cidade tem muito, muito para oferecer. O que vale é que sabemos que havemos de por lá passar novamente.

De Liverpool não tenho muito a dizer, mas para quem ama o futebol, é sem dúvida uma cidade a visitar: respira-se futebol, a rivalidade entre os reds e os toffees está sempre a pairar no ar (até os caixotes do lixo são de cores diferentes consoante as ruas), em cada esquina há um pub a dar a bola ou uma casa de apostas, contagia.

De mais, tenho a dizer que até agora, a semana toda, não tínhamos visto neve a valer, só aquela neve falsa misturada com chuva a que os ingleses chamam sleet. Hoje de manhã, como atesta a foto, ficamos todos entusiasmados porque acordamos com um valente nevão em cima, por todo o lado no caminho até Luton só se via era neve.

O entusiasmo arrefeceu assim que chegamos ao aeroporto: 3 voos da easyjet já tinham sido cancelados, e todos os restantes não tinham estimativa de partida, por todo o lado o alvoroço e o rumor de que todos os voos seriam cancelados porque a pista estava coberta de neve. Felizmente a perspectiva de passar uma noite à Tom Hanks não se confirmou, e lá voamos, 5 horas depois do previsto.

E cá estamos, e lá se foram as férias, e tudo o que é bom acaba depressa e etc. Mês que vem bem podia ser Agosto.

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Andanças

Liverpool & London, Day 2

Ainda não ficamos com autoridade para dizer que conhecemos verdadeiramente Liverpool; aquilo que fizemos durante a manhã deste dia, até à partida do comboio do tio Richard Branson, foi uma espécie de speed tour pela cidade. Deu para ver aquilo que nos disseram que era o principal: Albert Dock, St George’s Hall e o tal do mítico pub “The Cavern”, onde os Beatles tocaram no tempo da avó cachucha.

Ygor Cardoso e John Lennon

Pode ser que um dia lá voltemos para conhecer melhor, mas honestamente, a cidade não me pareceu tão interessante quanto isso.

De regresso a Londres, e depois de um passeio por Oxford e Picadilly Circus, fomos experimentar assistir um musical no West End Londrino; assim a olho e numa decisão rápida, aquele com o qual mais nos identificamos foi o “Thriller Live”, um tributo ao MJ que nem é bem um musical, é mais um debitar das canções do gajo ao longo dos diversos períodos da sua vida (Jackson 5, Thriller, McCaulay Culkin, etc), pela voz e pelas pernas de diversos performers, masculinos e femininos.

Não é tão lamechas quanto seria de esperar (até porque já está em cartaz desde antes da morte) e o elenco é bastante talentoso, apesar de exagerarem no overacting de vez em quando; há, no entanto, grandes momentos de música e coreografia (smooth criminal à cabeça) e gostei do facto de utilizarem bastantes músicas das menos conhecidas. Bom entretenimento.

Ficou definido que a música oficial desta viagem é “Can You Feel It”, do tempo dos J5, grande pinta. Fica pra dançar.

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Andanças, Desportadas

Liverpool, Day 1

Neste dia viemos até Liverpool apoiar o Sporting contra o Everton, em jogo a contar para a Liga Europa (taça UEFA). Conhecer Liverpool a sério ficou reservado para a manhã seguinte; foi chegar do comboio, meter as coisas no hotel, enfardar um buffet chinês e partir para o estádio. Só deu para sentir que ali o frio faz jus a São Ramalho.

A rivalidade entre Liverpool e Everton está sempre a pairar no ar; por todo o caminho fui ouvindo palavras de incentivo dos adeptos dos Reds, incluindo do taxista que nos levou até à porta do estádio: um gajo com um sotaque indecifrável, uma gargalhada à Moura dos Santos, e que passou o tempo todo a fazer piadas com “Lisbons” e “Lesbians”, a dizer que estava a levar-nos para o meio da merda e a barafustar com a proximidade que o futuro estádio do Liverpool terá com o Goodison Park.

Eu tinha prometido que independentemente do resultado, ia me abster de comentar as incidências futebolísticas em si, e isto vale até ao final da temporada. Em relação à envolvência do jogo, saí do estádio plenamento satisfeito, e com a sensação de dever cumprido.

O Goodison Park é dos estádios mais antigos do mundo (1892), tendo sido palco de, por exemplo, o célebre Portugal-Brasil de 1966 em que arrumaram com o Pelé; só daí já valia a pena tê-lo conhecido. É um estádio acolhedor, à moda antiga, com catracas de rodar e bancadas assentes em madeira.

Dois Grandes Leões no Goodison Park

Os leões que lá estiveram foram grandes, tendo apoiado a equipa durante todo o jogo, conseguindo calar os muitos toffees presentes (estes eram bastante fraquitos, diga-se de passagem). Entre nós estava o grande Ricardo Sá Pinto, a quem tive a oportunidade de dar um palmadão. Foi uma grande, grande lição do sportinguismo que não se deixa morrer.

Amanhã conto mais.

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