O tempo voou desde que o primeiro filme desta série me surpreendeu, há 5 anos atrás, e vou citar-me:
Não tinha expectativas nenhumas sobre este filme quando ouvi falar da sua produção, o que só tornou melhor a experiência de ver o resultado final; assim de repente a DC lança da cartola um filme que demonstra que afinal ainda é possível fazer bom cinema com o universo dos super-heróis e da banda desenhada.
Desta vez, foi diferente. Já trazia comigo a expectativa criada pelo impacto do primeiro filme, mas também aquela desconfiança clássica sobre as sequelas de grandes êxitos. Para agravar, mesmo tentando ficar cada vez mais imune a críticas e opiniões alheias, foi difícil ignorar a avalanche de comentários negativos que este filme recebeu da crítica e do público – e de como isso inevitavelmente pinga nas redes sociais.
Mas havia um trunfo inicial que já me fazia torcer por este filme: eu adoro musicais. E quando um musical aparece neste contexto específico, não é apenas um musical. É uma aposta de risco tremenda do autor – algo que, sejamos francos, anda em falta nesta indústria e, particularmente, neste universo cinematográfico.
No final, gostei mesmo do filme. Não amei; não é nenhuma obra-prima e está longe de alcançar o impacto do primeiro. Mas também não é justo compará-los. Este é um filme diferente, uma experiência singular. Oferece momentos musicais excelentes e, se esses forem retirados, talvez fique um pouco vazio – mas porra, é um musical! – e carrega consigo aquela angústia constante que mantém a dúvida: qual será o desfecho e a mensagem final? Redenção? Esperança? Ou apenas o vazio?
Venha mais gente sem medo de ousar.