Não, eu não embarquei de vez nessa onda de só falar na idade da minha criança em semanas. Apesar de agora perceber melhor o motivo dessa “tática”, vendo o quanto os bebés evoluem de uma semana para a outra, a verdade é que me desleixei; queria ter escrito isto quando ela fez um mês, e agora meter aqui um título “um mês e X dias” não soava tão bem.
Tê-la cá fora é infinitamente melhor do que tê-la dentro da barriga! As primeiras duas semanas (ou mais concretamente as respetivas noites) não foram propriamente fáceis, com a adaptação ao ritmo do acordar noturno, o cansaço acumulado, os pequenos sustos, as dúvidas, o desconhecimento dos significados do comportamento dela… a boa notícia é que, com os bebés, todas as horas de dificuldades são esquecidas em poucos segundos, pois são inúmeras as pequenas alegrias que eles nos proporcionam ao longo do dia. Tudo é motivo para ficarmos contentes. É ela olhar para nós que nos derretemos todos, é ela arrotar que ficamos todos orgulhosos, é ela cagar que dançamos de alegria, é ela começar com os primeiros sorrisos que quase deliramos. É lindo.
Falei nas dificuldades, mas assim como penso termos tido sorte com o parto, também a temos tido com a criança. Até agora a Carolina tem sido uma bebé fácil, quase sempre tranquila. Não tem tido grandes cólicas, sendo que por norma só chora (e aí chora com força) nas horas de comer (que não falha) e nas de sair do banho. Nas últimas noites até já tem dormido para lá das 5 horas seguidas, o que significa só acordar uma vez por noite. Para a mãe, porque o pai já nem nota; peço aqui publicamente desculpa às minhas meninas, mas o organismo do pai não conseguiu mudar no que ao sono de pedra diz respeito. Eu não adormeço: desmaio.
Tem crescido bastante bem (a pediatra diz que ela é gigante) e, cereja no topo do bolo… é linda de morrer. Não vou dizer “que não é por ser minha filha”, porque claro que também é por ser minha filha, fui eu que fiz, e não há nada nesta vida de que me possa vir a orgulhar mais do que disso. Faz tudo fazer sentido.
Conselhos que eu possa dar aos futuros pais, ou para os que o pretendam ser: simplesmente que não se preocupem, e não tenham medo. Quando chegar a altura vocês saberão o que fazer e, quando não souberem, terão quem vos ajude. Quando nasce uma criança nascem um pai e uma mãe também.