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  • Saga das Amígdalas – The Aftermath, Day 3

    O dia a seguir da cirurgia foi animador, mas ilusório. Ontem nem a sopinha fria que tão bem tinha sabido consegui comer. Dores, dores, dores.

    As noites também são madrastas: um gajo a dormir não sente fome nem dor, mas quando acorda com a garganta ressequida, é do pior.

    Enganei-me a respeito do meu melhor amigo, não é o Calippo: gelatina é o paraíso. Escorrega bem melhor que a água, refresca, hidrata e, como diz o Cota Isaac, o que é doce nunca amargou.

    No pain, no gain!

  • Saga das Amígdalas – The End


    Ygor’s new BFF

    Já era. Amigdalites, não mais.

    Não vou mentir: dói pra ca*****.

    O acordar da anestesia assustou um bocado: cheio de dores, sem conseguir respirar, ouvindo tudo à volta mas sem conseguir abrir a pestana. Passei bem a noite, mas cada vez que passa o efeito das drogas é um suplício.

    No final, há-de valer a pena. Vou ali comer mais um Calippo e já venho.

  • Garganta Profunda

    É agora, dentro de momentos. Desejem-me sorte.

    See you in hell, amígdalas!!!!

  • Madeira, The End

    Caindo no óbvio e no velho cliché: o que é bom acaba depressa. O tempo voou.

    É um crime eu ter passado tanto tempo sem ir à Madeira, pois é um dos lugares onde eu me sinto quase em casa. Quase, porque em absoluto isso não acontece verdadeiramente em lado nenhum. Fica pra pensar.

    Aviso aos incautos que fazendo scroll down podem ler o relato diário completo desta viagem, e que clicando no título do post podem ver (quase) todas as fotografias que tirei. Aconselho que se comece pelo começo, mas se assim não quiserem, não é grave.

    Um pequeno resumo: enfrasquei-me de Brisa Maracujá, entupi-me de Bolo do Caco; refresquei a cabeça e limpei a alma; engoli fumo e bebi fogo; revi a família, vasculhei a memória; caminhei bastante, mergulhei bastante, e fundamentalmente, amei bastante, obstante nunca quanto baste.

    A pérola do atlântico que nos aguarde, que com certeza a ela havemos de voltar.

  • Madeira, dias 6 e 7

    Dia madrugador, mas bem compensado. Partida para total relax na ilha de Porto Santo, a ilha dos Profetas, nome dado pelos madeirenses aos portossantenses. A recíproca é os Americanos.

    A viagem não é barata, mas o barco (Lobo Marinho) é brutal. Mal se sentem as duas horas e pouco de viagem, pelo menos com o mar calmo que apanhamos.


    O Lobo

    Diferentemente da Ilha da Madeira, o Porto Santo possui um extenso areal de cerca de 9 km. A água, essa, ainda é melhor que na Ilha Mãe. Pena que, num sítio em que raramente chove, tenhamos apanhado uma molha do caraças à noite, mas a tarde foi completamente passada na praia, a lagartar.


    Tanto mar, tanto mar

    A viagem vale a pena, mas só mesmo por 1 dia ou 2, porque fora fazer praia… total marasmo. De qualquer forma, se não for a melhor praia de Portugal, não está longe disso.

    Uma nota para a famosa “lambeca”, o gelado de maior sucesso no Porto Santo. Fraquíssimo, artificial, não lhe vislumbro nada de interesse. Conhecessem estes madeirenses a gelataria Pintado, da Costa…

  • Madeira, dia 5

    Neste dia, por fim, demo-nos ao trabalho de explorar mais a fundo a capital madeirense.

    Marina, Centro, Mercado dos Lavradores etc e tal, e lá nos enfiamos no teleférico, rumo ao Monte. Altitude puxadinha, e de louvar a engenharia que pr’ali vai: não me parece ser muito fácil enfiar aqueles cabos e postes no meio das inacessíveis matas que estão por baixo, mas pode ser só impressão minha.

    Eu ia com a ideia fixa de voltar nos carros de cestos, mas cheguei lá acima perdi a vontade. Primeiro, o preço: 25 heróis para andar 2 km. Depois, aquilo não me pareceu meter grande pica. Ao contrário do que constava no meu imaginário, eles não andam ali com uma granda jarda a esgalhar pelas descidas abaixo. Pareceu-me muito devagarinho para merecer o meu investimento.


    Haja trabalho pra tanto homem de branco


    E lá vai disto, Evaristo

    Mais umas voltinhas, Jardim Botânico, e partir que no dia seguinte era acordar às 6 para partir pra ilha de Porto Santo. Quisera a vida ser sempre assim.

  • Madeira, Dia 4

    Como o dia não convidava a banhos, fugimos da praia e fomos nos esconder no Curral das Freiras.

    O Curral das Freiras é uma pequena vila enfiada no meio de enormes montanhas. É um dos poucos locais da ilha de onde não se avista o mar, estando completamente isolado de tudo o resto. Segundo consta, foi aqui que as freiras se esconderam para fugir às violações, roubos e maus tratos dos malditos corsários franceses que invadiam o Funchal.


    Xôr Pirata, nã me leve a virgidade!


    No meio do Curral

    A caminho do Curral visita-se o imponente miradouro da Eira do Serrado, com 1053 metros de altitude. Té dói!


    Google Maps Caseiro


    Sem comentários

    No regresso, passagem pela Ponta de São Lourenço, que é para podermos dizer que já demos a volta toda à ilha (não é bem verdade, mas é parecido).


    Gamito na Ponta de São Lourenço

    E depois destas fotos, não preciso dizer mais nada. Fica pra pensar.

  • Madeira, Dia 3

    Neste dia acordamos com o firme propósito de conhecer o Porto Moniz e as suas piscinas naturais, apesar de sabermos de antemão que a estrada ia estar cortada no regresso, graças ao Rali. Whatever.

    Mais uma vez, uma viagem espectacular. Chegando a Ribeira Brava, vira-se na direcção de São Vicente e entra-se no caminho de Serra de Água, uma freguesia que fica bem “entalada” no sopé de enormes montanhas. A fazer-nos companhia, imensos carros do Rali a dirigirem-se ao seu ponto de partida, cortando a paisagem com os seus estrondosos motores. Dispensável, mas até engraçado.


    Piscinas Naturais do Porto Moniz

    Estas piscinas, além de belíssimas e deliciosas, cobram à entrada a módica quantia de… 80 cêntimos. Fico maluco com isto. Na Costa é acima dos 5 euros, na Madeira se não é graça (muitas são) é quase. Parece que os Madeirenses não gostam de pagar nada, e se não for assim, não vão. E acho que fazem muito bem.


    Eu a meter nojo.

    Estando a Serra de Água cortada, o regresso foi feito pelo lado oposto, rumo à típica cidadezinha de Santana. Sucede que este caminho é por uma estrada das antigas, à beira do mar, com estradas estreitíssimas, onde mal cabe um carro mas circula-se nos dois sentidos! Não registamos nenhuma imagem devido à nossa concentração e cagaço, mas foi inesquecível.

    Como não podia deixar de ser, a foto nas típicas casotas de Santana, e o desejo de entrar no parque temático, mas ficou tarde com tanta volta e contra-volta e curva e contra-curva. Fica pra próxima.

  • Madeira, Dia 2

    Este dia constituiu o ponto negro destas férias. Por sorte, o final até acabou por ser feliz, tendo em conta as perspectivas.

    Devem ter reparado nas notícias acerca dos incêndios que deflagraram na Madeira; um deles foi mesmo, mesmo à nossa porta. As chamas estiveram a cerca de 1 metro da casa dos meus tios e, se os bombeiros não tivessem chegado naquele exacto momento, não sei bem o que teria acontecido.


    Vista da nossa janela

    Acontece que há muitos terrenos deixados ao abandono pelos proprietários, que não limpam o mato, nem deixam os outros limparem-no. Assim sendo, sucedem-se peripécias destas. Para ajudar à festa, grande parte dos bombeiros estavam deslocados para o Rali da Madeira e, ao que parece, não há meios aéreos para combater os incêndios (um absurdo, num sítio com tanta água à volta, e onde tanto dinheiro se esbanja).

    Como o ar estava irrespirável e à tarde as coisas estavam, felizmente, mais calmas, ainda passamos pela Camacha com os meus tios, terra do folclore e dos artesãos do vime. Se lá forem, paragem obrigatória no Café Relógio, que ostenta autênticas obras de arte (e de paciência) em vime. Pena que a máquina ficou em casa, fica aqui uma foto ranhosa com o telemóvel.


    Obras em Vime

    Nunca tinha vivenciado um incêndio de perto, e espero bem que tenha sido a última vez. É impressionante a velocidade com que o lume se alastra e devora o que aparece pela frente, e a maneira como o fumo nos entranha no corpo e nos sufoca.

    Fica pra esquecer.

  • Madeira, Dia 1

    Munidos do indispensável mapa, marcamos os sítios que pretendíamos visitar, mas decidimos partir para cada dia sem nenhum plano em especial. Quem me conhece sabe que isto não é de meu apanágio, mas decidimos que levantava-se, arrancava-se e logo se via para onde o vento nos levava. Foi uma boa política.

    Na Madeira não é preciso andar muito para nos deleitarmos com paisagens deslumbrantes; enquanto viajamos pelas auto-estradas, vias-rápidas e pelos já referidos túneis, vamos ficando boquiabertos com a imponência da natureza em redor, em meio aos vales e encostas. Além, claro, dos bananais a perder de vista.

    A primeira paragem foi Camâra de Lobos, uma tradicional vila piscatória. Além da baía (onde viviam muitos lobos marinhos, daí o nome), e dos copos que por lá se bebem, é também por aquelas bandas que se situa o famoso Cabo Girão, que visitamos no regresso. Aqui começamos a tomar contacto com uma das “pragas” que assolam a ilha: as lagartixas. A Madeira é um reptilário em ponto gigante. A mim não me faz mossa.


    Camâra de Lobos

    Sempre pelo mar, passando por Ribeira Brava, Ponta do Sol (o local mais quente da ilha), e Madalena do Mar, paramos na praia da Calheta, uma das poucas com areia em toda a Madeira (ainda que importada). Como não somos de ferro, por lá ficamos, de molho, que o calor abrasava.


    Praia da Calheta

    Do alto de 580 metros, o Cabo Girão é o maior promontório da Europa, e o segundo maior do mundo, oferecendo-nos uma vista espectacular de Câmara de Lobos até a baía do Funchal. Confesso que tive que me informar sobre o que era um promontório, por isso cá vai: é um cabo elevado directamente sobre o mar. Fica pra pensar.


    Vista do Cabo Girão

    Terminamos o dia ao sabor dessa grande instituição Madeirense, que é a Poncha. Aguardente de cana, mel e limão. Por hoje chega, que já se aprendeu demais.