Categoria: Andanças

Venturas e desventuras pelo mundo afora

  • Badoca Park

    Grandas GNU!
    Grandas GNUS!

    Este feriado, e a propósito do aniversário da mais que mais que tudo, aproveitamos para fazer uma coisa que já vínhamos prometendo há bastante tempo: conhecer o Badoca Park.

    E o Badoca é fixe. Para quem não sabe, o Badoca é um parque temático inspirado no continente africano, na região portuguesa mais parecida com África: o Alentejo.

    Há lá um safari puxado por um tractor que decorre durante cerca de uma hora; o seu grande forte nem é a variedade de animais (que é imensa), mas o modo como vai sendo apresentado pelos simpáticos guias alentejanos. Come-se bastante pó, mas aprende-se imenso acerca da vida das girafas, búfalos, gnus e companhia, que andam por lá à solta.

    Há também espectáculo de aves de rapina, uma ilha de primatas, uma simulação dum rafting e sessões de interacção com os lémures marados de Madagáscar. E um parque de cabras, que me deu fome: eu que sou da cidade, só descobri agora que as cabras cheiram mesmo igual ao queijo de cabra…

    Num país com tão pouca oferta a nível de parques temáticos e afins, o Badoca faz muita falta.

    Uma palavra de apreço para o hotel em que ficamos, o Vila Park, em Vila Nova de Santo André. É um 3 estrelas que mais parece ter 4 ou 5. Costuma ter bastantes promoções: eu aviei-me num dos leilões que costumam fazer no site, tendo arrebatado por uma pechincha duas noites com um jantar de mariscada delicioso incluído. O chefe recomenda.

  • Paz e Amor

    Paz e amor. Estas duas palavrinhas bastam para descrever o passado fim-de-semana. E é tudo o que um homem precisa.

    A bordo do saxónico, para eu desenferrujar um bocado do volante, parti com a minha mais que mais que tudo para uma longa viagem até ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.

    O caminho é longo e cheio de curvas e contra-curvas, mas vale bem a pena. A paisagem pelas entranhas da serra é indubitavelmente das mais belas de Portugal. Portugueses, metam na cabeça que o vosso país tem muito lugar bonito para se ver.

    Apanhamos uma promoção “à lorde” num hotel, com pequeno-almoço na cama, jantar romântico e um circuito de SPA; como não poderia deixar de ser, tudo muito menos atractivo do que parecia no panfleto, mas não deixou de saber MUUUITO bem, e de constituir o clima ideal para o fim-de-semana romântico perfecto. Até o bom sol ajudou à festa.

    Não percorremos toda a serra, mas deu para fazer um belo percurso turístico; Cascata do Arado, Miradouro da Pedra Bela, Covide, São Bento da Porta Aberta, Barragem de Vilarinho das Furnas… havemos de lá voltar para desbravar o resto!


    Y. e os calhaus


    Cascata do Arado


    Vista da Cascata


    Vista da Pedra Bela, 800m de altitude


    Uma obra de arte contempla outra

    Voltei de lá amando ainda mais a mulher que amo. Não por causa do São Valentim ou de outra treta do género; simplesmente porque é assim a cada dia que passa.

  • Day Three – Siamo Noi

    Precisei chegar a casa e escrever logo este post, enquanto ainda estou extasiado, enebriado, possuído, ensandecido. Existem muitas emoções fortes nesse mundo, mas nenhuma é igual a assistir a um jogo da selecção canarinha.

    A melhor torcida do mundo. Ponto.

    Londres foi completamente invadida pelos brazucas, em número, em alegria, em cor, em tudo. O metro já vinha verde e amarelo desde a primeira estação, e foi apertando até não mais. O Tuco ia enganando todo mundo, respondendo aos “é nóis” com um “valeu!” setubalense muito do aldrabado.

    O domínio tupiniquim começou logo na saída da Arsenal Station: 5 italianos começaram a gritar “siamo noi, siamo noi, campioni del mondo siamo noi“; imediatamente envolvidos por uma enorme massa amarela, que improvisava “SIAMO NOI, SIAMO NOI, CINCO VOLTE CAMPIONI SIAMO NOI”, os azuis evaporaram, completamente. Ciao!

    Infelizmente o nosso amigo saudita que trazia os bilhetes se atrasou, e entramos com uns 3 minutos de jogo. Deu tempo. Ainda recrutamos um puto polaco pelo caminho; um luso-brasileiro, um luso-luso, um saudita e um polaco. Todos inteiramente brasileiros in questa notte! Os gritos de “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” do Tuco que o digam!


    Tuco, o Zuca!


    Alsaleh, came to support Italy, but got brainwashed!

    No campo, os homens dando show, fazendo gato e sapato da defesa italiana, marcando belíssimos gols. Gaúchão e Robinho faziam maldade, e a torcida (60000) na bancada maltratava de igual modo os italianos. Tinha um napolitano ao meu lado quase chorando; cada vez que eu gritava, ele se imaginava me degolando. Saiu do estádio 15 minutos mais cedo. Arrivederci!

    No final, flamenguista abraçado com vascaíno, gremista com colorado, japonês com paraíba, e eu pulando no meio do moche da mancha verde (desculpa aí cunhadão)!

    Festa e batucada por todo o caminho. Samba, brega, funk. A melhor torcida do mundo. SIAMO NOI!

  • Day Two

    Hoje a chuva não foi molha-parvos; molhou tudo o que é otário que andava na rua, sem excepção. O dia de hoje poderia ser assim resumido: choveu, choveu, e choveu. Não parou de chover nem um minuto que seja.

    Ainda assim, passei bastante, ainda que travelling solo. Eis que ao segundo dia, vi o gajo. Não foi o Vale e Azevedo, foi mesmo o Big Ben.

    Não que eu seja grande fã, acho-o um presunçoso do caraças, mas este tem mesmo que se ver.

    Estive também no olho. E chove chuva.


    Olha o gajo querendo aparecer na minha foto ali de ladex; emplastro!

    Antes disso, o clássico Natural History Museum, para ver os nossos avós Dinossauros, e tudo o que é bicho que anda (ou já andou) por aí. Mais um imperdível.

    Mesmo ao lado estava a universidade do Nuno, o Imperial College, onde almocei, e segui para o Science Museum; bastante diverso, educativo e tudo o mais, dá também para um gajo divertir-se um bocado com as experiências que por lá se fazem. E ver uns cérebros engarrafados.

    E amanhã… dia de SOCCER!!! BRAAAAAAAAAASIL-SIL-SIL-SIL!!!! Fui!

  • Day One

    *Para os preciosistas: foi Day One sim senhor, o dia de ontem foi Day Zero. Sou mais esperto que vocês ou não sou?

    O dia foi cansativo, mas proveitoso. Não houve neve, só uma chuvinha molha-parvos.

    Estivemos no British Museum, como não podia deixar de ser; a manhã inteira não chegou nem para ver metade, mas mesmo assim vimos muita, muita coisa, destacando o Ancient Egypt, o Mexico e o Japan. Sinto-me sempre mais sábio e com vontade de coçar a barba, quando vou a sítios destes.

    À tarde, o Imperial War Museum, que me surpreendeu, pela positiva. Não é preciso ser apaixonado por história de guerra para adorar a visita. Impressionante o espólio de armas, tanques, aviões, bombas, fardas, informação, relíquias e tudo o mais. O Tuco ficou maluco, queria ficar a morar lá, dentro de um tanque ou de um submarino, mas eu não deixei. Ele tem cara de alemão, não lhe iam tratar bem.


    Será que daqui acerto na careca do amuco?

    De salientar que estes dois museus, enormes em tamanho e qualidade, são gratuitos. É um luxo.

    De resto, passagem por Picadilly, Trafalgar Square, muita caminhada para combater o frio. Amanhã há mais.

  • Just touched down in London town

    Cheguemos!

    A viagem

    O voo foi tranquilo. O único brazuca (além de mim) que “detectei” no meio do pessoal, ficou sentado ao meu lado, o Gilmar. Ficamos na dianteira do avião,nos primeiros lugares da primeira fila, porque brasileiro gosta de aparecer.

    Estávamos mesmo em frente à cabine dos pilotos e, antes de descolarmos, ouvimos o comandante a dizer para o sub: “I need to take a shit“. Como é óbvio, fomos obrigados a apelidá-lo de Capitão Cagão. By the way, ele era igual ao Craig Bellamy (cara de bebâdo, portanto).

    Deu ainda para presenciar um desaguisado bem à portuguesa: duas senhoras com idade para ter juízo no despique, por causa de um lugar à janela. Felizmente, o Capitão Cagão acabou a sua obra a tempo, e veio apartar a briga, em pessoa. Capitão Cagão saves the day!

    O resto da viagem não tem grande história, o Gilmar dormindo, eu lendo a Turma da Mônica.

    A chegada

    A chegada não foi tão tranquila quanto a viagem.

    Não bastando o aeroporto de Luton ser no cú de Judas, Judas tá com o cú coberto de neve! O efeito visto lá de cima, é espectacular (parece que a cidade tá toda soterrada), mas tivemos que esperar que limpassem a neve da pista para o avião estacionar. Isso somado com as horas que levaram a ir do cu de Judas até ao centro, mais o tempo de encontrar o Tuco, mais o tempo de chegarmos a casa, deu… umas horas valentes, roxo de fome.

    Mas PRÓNTES, cá estou eu em Hounslow (ou Little India), e até nem tá tanto frio quanto esperava. Mais novidades para breve!