Andanças

Grécia – Atenas

Este ano o nosso Verão começou na Grécia, nomeadamente na sua anciã capital, Atenas, e em duas das ilhas do arquipélago das Cíclades, Naxos e Santorini.

A Grécia tem imensas ilhas e o nosso objectivo passava por conhecer nesta viagem pelo menos duas delas; o racional foi tentar balancear entre uns dias de praia pura (Naxos) e outros mais de passeio e de calibre “paisagístico” (Santorini). Atenas seria sempre o ponto de conexão e um destino à partida interessante por si só, e foi por onde começamos.

Voamos directamente de Lisboa para Atenas pela companhia nacional Aegean Airlines, num voo red-eye que partiu pela meia-noite alfacinha e aterrou às seis da manhã locais, o que nos permitiu desfrutar de dois dias completos até ao nosso primeiro barco rumo à insularidade.

Confesso que não fiquei encantado com a capital grega. Atenas é um verdadeiro caos em todos os sentidos, a arquitectura não parece ter grande critério, parte da cidade está num estado de conservação duvidoso e, para piorar, o lixo é algo que abunda por todo o lado (dou o benefício da dúvida se teremos tido azar ou se será sempre assim).

Deixando de lado as partes más, o que efectivamente me agradou e surpreendeu foi a hospitalidade de todas as pessoas com que nos cruzamos, começando pelo nosso host do Air BnB que, além de ter um apartamento muito jeitoso (com um jacuzzi no terraço que depois de um dia de caminhada no calor infernal de Atenas é um verdadeiro oásis), forneceu-nos um mapa (em versão física e digital) com dicas muito boas, incluindo os locais recomendados para comer “like a local and not like a tourist“. Come-se (e bebe-se) extremamente bem e a preços razoáveis por aquelas bandas, sendo que algo que aprendi rapidamente foi a não pedir sobremesas ou digestivos, pois é algo que invariavelmente nos trazem como oferta no fim, por mais que insistamos que não.

A zona onde ficamos (Monastiraki) é bem pitoresca, uma amálgama de bairro tradicional, conjunto de feiras a céu aberto e onda hipster. De lá é possível apanhar facilmente o metro, que funciona bem e tem a parte interessante de possuir em várias suas estações relíquias e exemplares da Grécia Antiga.

Falar de Atenas e da Grécia Antiga é falar da Acropolis, o ex-libris da cidade e sem dúvida o seu merecido ponto alto. É sem dúvida de uma imponência impressionante, nota-se que aqui sim há um esforço de conservação e preservação notório, e merecia uma visita mais aprofundada da nossa parte, que fica para quando os miúdos tiverem paciência e pernas para tal.

Uma nota para uma caminhada filha da **** que fizemos com os putos às costas para chegar até ao teleférico de Mount Lycabettus: é sim senhor um sítio privilegiado para se ter uma boa vista sobre a cidade mas, na minha opinião, não deslumbra nem compensa o esforço (podem sempre ir de táxi).

Das ilhas falarei nos próximos posts.

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