Uncategorized

Saga das Amígdalas – Mini-Sequela

Seis anos depois de arrancar as amígdalas, os posts relacionados com essa Saga continuam a ser, de longe, os mais populares e comentados aqui do blog.

De certa forma fico feliz em saber que outros sofredores conseguem encontrar algum conforto por aqui, e assim sendo não podia deixar de publicar mais um pequeno episódio relacionado com essa verdadeira zona de guerra que é a minha garganta.

Há cerca de dois anos atrás, ainda na Irlanda, senti um estranho inchaço do lado esquerdo da garganta. Ao espreitar pelo espelho, com a ajuda de uma lanterna, vi que tinha aparecido uma pequena bola branca, mais ou menos no mesmo sítio onde estava a amígdala.

O meu primeiro pensamento foi: PQP C******* F*******, A FDP DA AMÍGDALA VOLTOU DO ALÉM PARA ME ASSOMBRAR!

Mais calmo, fiz uns números de contorcionismo e consegui tirar uma foto para enviar ao otorrino, que me disse que não gostava muito do que via, mas o mais provável é que fosse apenas um quisto. Se tiverem muita curiosidade e estômago, podem clicar na imagem abaixo para ver a coisa.

lion

Fui ter com ele assim que pude ao Hospital, onde drenou o bicho com uma seringa e enviou para análise, para tentar perceber se era efectivamente um quisto inócuo ou algo maligno. Felizmente era a primeira hipótese. Pelo meio a enfermeira que estava ajudando ainda se picou acidentalmente com a agulha que ele usou, e tive que lá voltar para ser testado e deixá-la descansada quanto ao que de mal pudesse haver no meu sangue. Só acusou o Sportinguismo agudo.

Se não o sentisse nem incomodasse, o quisto podia ser algo que deixávamos ficar por lá, sem problemas. Mas sentia, e volta e meia inflamava e complicava e voltava a história de tomar antibióticos com regularidade e tudo o mais. Assim sendo, partimos para um sai que esse corpo não te pertence, com mais uma espécie de amigdalectomia…

E aqui estou, seis anos depois, passando mais uma semana a moles e frios, chupando calippos como se não houvesse amanhã.

Está sendo bastante mais suportável que a primeira vez; é só de um lado, e em vez de dois monstros que andavam lá a apodrecer há mais de vinte anos, era só uma bolinha. Ainda assim, tive uns primeiros dias bastante dolorosos, que me fizeram mais uma vez desesperar de fome.

Gelatina continua a ser a melhor coisa do mundo nesta altura, mas há algumas coisas novas que decidi experimentar depois do choque inicial e que correram muito bem:
– Ovos mexidos: frios e sem tempero, com uma pitada de leite para ficarem mais cremosos, tem sido a alegria das minhas manhãs
– Papaia / Manga: bem madurinhas, no frigorífico, deslizam que é uma beleza
– Noodles (miojo): apesar de frios e sem molho, também escorregam muito bem e sempre enchem mais um pouco a barriga

E assim segue, sonhando com a hora em que tudo isto passe e tenha a oportunidade de comer um gigantesco e suculento bife.

Standard
Sem categoria

Um Ano de Paz

Dei-me agora conta que fez no passado dia 21 de Agosto um ano desde que arranquei as amígdalas. No ano passado, por esta altura, ainda andava eu em agonia, a comer calippos ao pequeno-almoço, almoço e jantar.

Posso dizer que apesar da recuperação custosa, essa operação mudou completamente a minha vida, para melhor. Apanhei uma constipação ou duas nesses 365 dias que passaram, e isso para alguém que tinha que ir levar injecções de penicilina mês sim/mês sim é, além de uma evolução assombrosa, qualidade de vida.

Os tópicos que dizem respeito às minhas amigdalites e aos caseums ainda são, de longe, os mais populares aqui do blog. É impressionante a quantidade de e-mails que ainda recebo de pessoas que sofrem do mesmo flagelo.

Dia 31 tenho consulta de rotina com o meu otorrino; cada vez que lá vou, parece que vejo Deus à frente.

Standard
Uncategorized

Saga das Amígdalas – The Aftermath, Day 5

Hoje foi dia de check-up. Ponto de situação: a dor e o sofrimento durarão mais três tristes dias.

A princípio, no fim de semana será só dor residual, e o Doutor disse que na segunda-feira já posso ir à minha life, o que incluiu uma frase que quase me levou às lágrimas: “já poderás comer o que quiseres”. É que nem sei por onde vou começar, mas a imagem abaixo tem me atormentado dia e noite…

E depois disto perdi a moral de escrever mais alguma coisa…

Standard
Uncategorized

Saga das Amígdalas – The Aftermath, Day 3

O dia a seguir da cirurgia foi animador, mas ilusório. Ontem nem a sopinha fria que tão bem tinha sabido consegui comer. Dores, dores, dores.

As noites também são madrastas: um gajo a dormir não sente fome nem dor, mas quando acorda com a garganta ressequida, é do pior.

Enganei-me a respeito do meu melhor amigo, não é o Calippo: gelatina é o paraíso. Escorrega bem melhor que a água, refresca, hidrata e, como diz o Cota Isaac, o que é doce nunca amargou.

No pain, no gain!

Standard
Uncategorized

Saga das Amígdalas – The End


Ygor’s new BFF

Já era. Amigdalites, não mais.

Não vou mentir: dói pra ca*****.

O acordar da anestesia assustou um bocado: cheio de dores, sem conseguir respirar, ouvindo tudo à volta mas sem conseguir abrir a pestana. Passei bem a noite, mas cada vez que passa o efeito das drogas é um suplício.

No final, há-de valer a pena. Vou ali comer mais um Calippo e já venho.

Standard
Uncategorized

Saga das Amígdalas – Season Finale

A novela ainda não chegou ao fim, mas o guião já está escrito.

Vim agora do meu velho amigo Otorrino. Expus novamente o drama, fizemos as contas, e desde Dezembro tive 5 amigdalites, o que dá uma por mês.

Reacção imediata do Doutor: “vou tirar-te as amígdalas, importas-te?”. Maior favor não me podia ele fazer. Finalmente, disse que não vale a pena tentar mais nada, que extrapolo completamente os requisitos de indicação de cirurgia e que as minhas amígdalas já estão podres por dentro.

Em princípio, fica para Janeiro/Fevereiro. Cerca de 7 meses em que tenho que continuar a aguentar-me, que não são nada para quem esperou 22 anos. Ao menos, há luz.

Standard
Uncategorized

Saga da Amígdala, parte MMMMCMXCIX

Já fui ao otorrino.

Para começar, levei outra vez no rabo, porque a tal amigdalite ainda não está curada.

Além das amigdalites de repetição, tenho outro problema nas amígdalas; umas coisinhas brancas fedorentas que se vão formando na minha garganta, que eu supunha serem das amigdalites e a que vulgarmente chamamos pus, afinal é uma coisa mais chique, chamada Caseum (do latim Caseus, queijo!).


Nhame nhame, queijinho!

A própria estrutura das minhas amígdalas propicia o cultivo destas iguarias; basicamente, as merdas que eu como vão se acumulando nas criptas das amígdalas e vão apodrecendo.

Nos próximos tempos vou andar “lavando” a garganta com solução Betadine para gargarejo, continuar o resto dos tratamentos e ver como as coisas correm. O Dr. desta vez disse que se continua mesmo assim, vamos começar a pensar na cirurgia.

Wish me luck.

Standard
Uncategorized

Levei no cú

Levei mais uma vez no cú. Literalmente.

Hoje levei a primeira injecção de penicilina deste ano. No ano passado, tive 7 amigdalites; em todas elas, receitaram-me injecções de penicilina, sendo que em algumas dividiram a toma em duas doses (consoante o médico que tá de plantão).


Tão bonita que ela é no papel…

Esta quinta-feira tenho mais uma consulta com o otorrinolaringologista, que diz que preencho os requisitos para uma extracção, mas pretende imunizar-me antes de pensar na operação. Vamos ver. Desde que me conheço como gente que é assim.

Até lá, quem se candidata a realizar uma amigdalectomia caseira? O Gimbras diz que o assunto se resolve com um cutelo.

PS/Prevenir discussões:
Eu sei que cú não leva acento por ser um monossílabo tónico etc etc. Mas acho que a palavra fica mais forte, e o cú é meu, escrevo como quiser.

Standard