No mês em que se comemoraram os 6 meses de vida da minha filha, comemoram-se também os 6 anos de namoro com a mãe dela. Se a minha pífia matemática não me falha, é também a última vez em que os anos de namoro correspondem ao dobro dos anos de casados. Adoro joguinhos parvos com numerologia, mas vamos ao que interessa.
Há 6 anos atrás, depois de um jantar em Setúbal, eu me entreguei à mulher com quem estou até hoje. Confesso que me entreguei sem fazer a mínima ideia ao que ia, nem o que é aquilo ia dar. Fui no fluxo. Já tive sorte com o acaso em outras ocasiões, mas dessa vez foi a melhor decisão irreflectida que tomei em toda a minha vida.
Eu já a conhecia bastante bem à época, mas não tinha completa noção da grande mulher que ela é, e ainda hoje, por vezes me surpreendo e emociono. Até à data, os melhores momentos que vivi na minha vida foram ao lado dela, e é assim que pretendo que continuem a ser. Como dizia Renato Russo, com ela por perto, eu gosto mais de mim.
Para meu prejuízo, sei que por mais que tenha feito disso uns dos meus objectivos de vida, nem sempre lhe fiz bem, mas mesmo aí ela soube me aturar, lutar por nós e reverter isso a favor do nosso amor.
Quando referi há um post atrás o quanto a minha filha tinha mudado e melhorado a minha vida, não referi, precisamente para tirar essa carta hoje da manga, que ela está apenas dando continuação ao excelente trabalho que a mãe dela iniciou há seis anos atrás.
É uma bonita história, é uma história sem fim à vista, é uma história que em 6 anos nunca foi minimamente aborrecida.
Não sou religioso, mas me julgo imensamente abençoado por poder amar duas mulheres, de forma sempre tão intensa.