Eu gosto de hip-hop.
Dizer isto é quase um crime hoje em dia, e com razão de ser; a quantidade de merda que hoje em dia passa por música (e que faz sucesso) é absurda. Pior do que o lixo que se importa lá dos States, são as cópias baratas de Gangsta Shit que se fazem por cá.
Posto isto, venho louvar um artista português que lançou recentemente um álbum completamente gratuito, integralmente disponível para download, o que já de si é um acto de grande coragem e bom-senso; as caças às bruxas da pirataria são pura perda de tempo, o caminho a seguir é este (ou outro qualquer, o que é preciso é tentar).
O álbum até nem se encaixa de todo na categoria de hip-hop, mas inclui participações de alguns dos “notáveis” nacionais do género (Da Weasel e companhia), e é todo ele uma apaixonada homenagem ao funk e ao soul de outros tempos, com uma enorme mistela de samples e de estilos, mas sempre com critério e, na maior parte das vezes, bom gosto.
Além disso, quando não exagera, o gajo até consegue arrancar uns belos falsetes da goela.
Saquem que merece, não é nenhuma obra-prima mas sabe bem ouvi-lo.
Já agora, uma pequena consideração sobre o mais recente álbum de um rapper que passa um bocado ao lado mas que admiro bastante, o senhor Common.
Universal Mind Control é audível, é engraçado, entretém, mas é vulgar e enjoa rapidamente. Para o bem ou para o mal, demasiado “Kanyewestziado”; esse gajo tem as garras em todo o lado. Fico-me pelo “velhinho” be. Please let me testify!