Desportadas

Mini-Maratona

As minhas pernas não me deixam mentir: foi ontem que pela primeira vez corri na mini-maratona da ponte 25 de Abril. E espero que venha a ser uma experiência a repetir, pois adorei, tudo. Gosto muito de correr aqui no paredão da Costa, mas em meio àquele povo todo (e ao ver de vez em quando os brutos da meia-maratona passarem que nem flechas ao lado), com aquele caminho e um objectivo definido, dá outro feeling. By the way, fiz o percurso em 42 minutos, e o meu parceiro Francis Valentim em 38.

Este ano demorei a carburar, mas neste momento sinto-me no topo da minha forma física e mental. Espero vir a capitalizar isso em breve.

Aviso desde já que quem não gosta de lamechices pode parar no parágrafo anterior, mas não posso deixar de dizer que para esse momento muito contribui ter a meu lado uma grande mulher, a mulher que amo, e noto isso em cada pequeno detalhe. Assim que entrei na Avenida de Brasília, e já completamente à rasca e em esforço depois de andar a jardar na ponte, o que me motivou a continuar a correr não foi pensar que faltava pouco para a meta, foi pensar na Irina e tentar imaginá-la lá à frente.

Fica pra amar.

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A ponte dos que não foram

Sentimentos ambíguos me assolam quando penso na Câmara de Almada.

Se o concelho sofreu uma evolução brutal desde que vim para cá, e dando de barato que o ritmo não foi nem de perto nem de longe o mesmo em todas as freguesias, há certas coisas que me custam compreender.

Estudei 6 anos na FCT, e antes disso estive nos 3 anos que estive na EPED, já lá ia almoçar. Fui trabalhar para o Madan Parque logo após a sua abertura.

Sempre tive que atravessar o pedaço que liga a actual localização do Madan Parque à porta lateral que dá entrada à FCT. Sem passadeira e com carros a circular dos dois sentidos, o trajecto não é propriamente seguro, de facto. Decidiram fazer uma ponte pedonal a ligar a FCT ao Madan; até aqui tudo bem.

Agora, expliquem-me uma coisa: como é que uma ponte que liga a faculdade ao Madan Parque… não vai dar ao Madan Parque? Ninguém que trabalha no Madan Parque e se desloca à FCT vai dar uso a essa ponte. A ponte beneficia um ou dois alunos que estejam alojados nos prédios que estão virados para a ponte e pouco mais.

A figura acima (em que ainda não existia a dita ponte) ilustra o cenário: os círculos verdes identificam as portas da faculdade e do Madan, e a linha verde o caminho normal. A linha vermelha representa a ponte, que vai dar nas traseiras do edifício de informática, e termina nos prédios da entrada do Monte, não no Madan.

Ainda que possam existir argumentações a favor desta ponte, ou dificuldades de ordem técnica que impedissem que a ponte que liga a FCT ao Madan Parque fosse mesmo dar ao Madan Parque, então… para quê fazer ainda assim a ponte, se ela não cumpre o objectivo a que se destina? Pintar uma passadeira no chão não teria o mesmo efeito e seria muito mais barato? (Nomeadamente mais barato que os 125.366,47 € da execução + os 12.500€ do estudo)

Mesmo que existam respostas às perguntas anteriores, e em relação à ponte ter estado trancada vários meses após a sua conclusão? Tirei a foto acima a um cidadão que experimentava a ponte uns dias após a conclusão da obra, em Janeiro deste ano, e a seguir a isso… trancas nas portas. Porquê vedar um acesso acabado e disponível?

A esta pergunta eu acho que consigo responder: na revista municipal deste mês, é dado imenso destaque às iniciativas da semana verde. Entre elas estão… a inauguração da ponte FCT-Madan Parque, à qual foi dado o pomposo nome de “bicilink”. Impede-se a já de si fraca utilização que a ponte teria durante meses, para fazer uma inauguração de encher chouriços, em mais uma inócua iniciativa da apregoada mobilidade/sustentabilidade/verdura whatever.

Fica pra pensar.

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