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“Mestruado”

25 de Outubro é mais uma data histórica deste ano. O dia em que defendi a minha tese de mestrado. Passada a euforia, fica aqui o contentamento. Foi o culminar de um ano de trabalho árduo, por vezes chato, por vezes inglório, mas compensador, sem sombra de dúvida.

Muito provavelmente, foi o dia da minha vida em que estive mais nervoso; até às 15, hora em que entrei na sala e me soltei, não parei um minuto de um lado para o outro. Não valia a pena, porque a apresentação foi feita nas calmas, o júri foi muito positivo e a discussão não foi muito mais que uma conversa agradável. Fui premiado com 18 valores de nota final.

Em relação ao mestrado em si, e caso alguém esteja no dilema de fazê-lo ou não, aconselho, sem dúvida. A licenciatura despachei, o mestrado fiz com prazer. É claro que também pesa a maior maturidade (aos 17 anos não estava minimamente preparado para o que ia enfrentar), mas no mestrado aprendi mais, e principalmente aprendi melhor: assimilei e fiz, e focado no que queria.

Isto tudo mais numa perspectiva de enriquecimento pessoal, porque a nível de remuneração não me parece que faça grande diferença neste momento, pelo menos em Portugal. De qualquer forma, vale a pena.

Vou fazer algumas das revisões sugeridas pelo júri, e logo disponibilizo a dita também aqui.

E pronto, assim de repente, sou Mestre. Esta é que fica mesmo pra pensar…

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Great News

Então é assim:

O meu estado de semi-reclusão sofreu uma evolução significativa. Continuo semi-recluso, mas por melhores motivos: férias.

Essas férias são tão mais saborosas quanto foram os feitos que a precederam. A tese está finalmente entregue; fica faltando apresentar ao júri (o que deverá ocorrer lá para Setembro/Outubro). Assim que isso acontecer, publico-a aqui.

Além disso, eu e a Irina já estamos morando juntos. Por enquanto continuamos na Costa, mas mais longe da praia; é positivo, pois significa maior sossego (e obviamente de qualquer ponto da Costa dá para continuar indo no máximo em 10 minutos a pé para a praia).

A princípio, com todos os gastos extras que estas mudanças (e as festas que se aproximam) acarretam, este verão não iremos nem lá para fora lá fora nem lá para fora cá para dentro, mas não deixa de saber bem, ainda mais desfrutando do novo ninho.

E por falar em ninho, a única coisa que nos incomoda até agora na nova casa é um problema columbófilo que temos por baixo da marquise; ainda estou a analisar a maneira mais pacífica de resolvê-lo.. aceitam-se sugestões.

Às vezes nem acredito que finalmente aconteceram essas duas coisas que acabei de descrever.

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Ponto de Situação

Ora bem, se eu não tenho blogado mais não é por falta de vontade: assuntos não faltam, o tempo é que é escasso. Devo confessar também que as restantes redes sociais são um enorme apelo à preguiça.

Também fiquei um bocado desiludido com os dons de profeta que eu tentei vislumbrar no post anterior, mas já passou: a Catalunha é campeã do mundo com toda a justiça, e eu não vou deixar de me mudar nem de me “mestrar” por causa disso.

O prazo de entrega da tese é 28 de Julho, e no dia 31 eu e a Irina começamos a fazer as mudanças para o novo ninho de amor. Até lá, salvo esporádicas precárias, vou continuar neste estado de semi-reclusão.

Faltam-me concluir dois capítulos da tese e receber a benção dos orientadores, tudo está a correr bem, e para o apartamento já conseguimos comprar grande parte dos electrodomésticos, mobília e teretetés, sendo que nesta última parte não posso deixar de agradecer o patrocínio proporcionado pela Bwin durante este campeonato do mundo que findou.

Agora é que o ano tá começando.

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Tese

Agora que tenho a certeza absoluta, cá vai o tema da minha tese de mestrado: Métodos de Criação, Avaliação e Extensão de Ontologias para Descrição de Comunicações em Contexto de Organizações.

Antes de mais, acho melhor explicar o que é uma ontologia e para que serve, não é? Vou tentar não me alongar muito.

Epá o que é que existe? O que é que não existe?
Epá o que é que existe? O que é que não existe?

O conceito de ontologia surgiu já na Grécia Antiga, sendo logia o estudo, e onto do ser. No sentido metafísico, é o ramo da filosofia que estuda a natureza do ser, questiona o que existe e o que não existe, e de que modo podemos agrupar as entidades existentes.

A nível das tecnologias de informação, uma ontologia constitui a representação formal de um conjunto de conceitos de um determinado domínio e as relações entre eles, com o objectivo de representar o conhecimento e de permitir inferência lógica a partir dele.

Tal é alcançado através  de, entre outros, o uso de objectos, classes, relações e propriedades, em linguagens como o OWL. Suponhamos eu: sendo o objecto Ygor, pertenceria à classe das Pessoas, e teria a propriedade de ter olhos verdes. Estaria ligado por uma relação “adepto” ao Sporting, que seria um objecto da classe Clube de Futebol, Futebol esse que é um objecto da classe Desporto, e por aí adiante.

As ontologias constituem uma das bases para o que vem sendo a Web Semântica (também lhe chamam 3.0); é através das ontologias que se especificam as conceptualizações (significados) da informação, tornando-a semanticamente rica, extensível e, fundamentalmente, perceptível, tanto por nós (humanos) quanto pelos computadores, que é a grande novidade: o texto aos “olhos” de uma máquina deixar de ser apenas texto, e passar a ter significado.

Uma das coisas que me motivou foi que esta será à partida uma tese com utilidade, na medida em que está integrada num projecto duma solução de software de gestão de um centro comunicações (ECC – Enterprise Communications Center), sendo por isso abrangida por uma bolsa de investigação.

O que eu vou fazer, basicamente, é modelar ontologias que se adequem ao contexto específico das comunicações em questão (cartas,telefonemas,e-mails,vídeo-chamada,etc), dos seus interlocutores e das suas organizações, tentando fazê-lo de modo a que seja tudo facilmente extensível a outros domínios e estabelecendo metodologias e técnicas próprias para esse efeito. Essas ontologias servirão de base para encaminhamento automático das comunicações, pesquisa, obtenção de resultados e navegação na aplicação.

Wish me luck.

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O Boi Novo e o Boi Velho

Ontem um professor meu deu-me uma bela lição:

O boi novo e o boi velho tavam em cima de uma colina, a observarem uma manada de vacas a pastar lá em baixo. O boi novo vira-se para o velho, muito afoito: “boi velho, bora, bora, bora lá comer uma vaca!”. O boi velho responde:  “calma… vamos masé devagarinho e comemo-las TODAS!”

Isto foi a propósito da minha tese de mestrado, mas por enquanto não digo nada, que tou a ficar boi velho…

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