Etiqueta: teatro

  • Tom e Vinicius

    Tom & Vinicius - O Musical

    Ainda que possua algum do melhor material alguma vez escrito e composto na música brasileira e mundial, tenho imensas duvidas que isto faça jus a estes dois Mestres. De qualquer forma, vou tentar ir lá tirar a teima.

  • Tangos e Tragédias

    Quando ouvirem falar que este espectáculo está em cartaz, não hesitem. Só não aconselho que escolham a primeira fila, porque o risco de serem arrastados para o palco é maior.

    Já é a minha segunda vez, e soube ainda melhor que a primeira. É completamente diferente de tudo o que já tenha visto; a melhor descrição que consigo arranjar para estes dois é: são completamente tresloucados, passados, possuídos.

    São cerca de duas horas em que Maestro Pletskaya e Kraunus Sang vão contando a história do seu país imaginário, a Sbornia, cantando e desvirtuando músicas antigas e actuais ao som do violino e do acordeão, e convidando (ou obrigando) o público a participar nos diversos números, seja cantando, gritando, estalando os dedos ou simulando o vómito.

    A loucura extravasa o palco; no final, o público é convidado a continuar com a festa na rua! Na sexta-feira um rebanho de gente seguiu os dois para o meio da Avenida da Liberdade, para cantar Bob Marley misturado com o Tiro Liro Liro. Até houve arrumadores de carros entrando na festa.

    Cada vez me convenço mais que o teatro é a mais nobre forma de representação; por mais que ame o cinema, e que um grande filme me absorva, o feeling de assistir a uma boa peça é incomparável.

  • E mais Gota d’Água

    Ainda não me saiu da cabeça.

    Salientando mais uma vez a interpretação e a goela da Izabella, principalmente a partir dos 2 minutos até ao final:

    Estrondosa. Entranha na alma.

    Já lhe dei meu corpo
    Minha alegria
    Já estanquei meu sangue
    Quando fervia
    Olha a voz que me resta
    Olha a veia que salta
    Olha a gota que falta
    Pro desfecho da festa
    Por favor…

  • Gota d’Água

    Extraordinário, maravilhoso.

    Diferente da Ópera do Malandro: mais forte, mais pesado, a carga emocional que a música emprega é mais intensa, não fosse ele baseado numa tragédia grega (Medeia, de Eurípides).

    Ainda estou pensando como é que a Izabella Bicalho, daquele tamaninho, consegue ter um vozeirão daqueles.

    Não que restassem dúvidas: Chico Buarque é o maior génio musical que existe.

    Quando o meu bem querer me vir
    Estou certa que há de vir atrás
    Há de me seguir por todos
    Todos, todos, todos os umbrais

    E quando o seu bem querer mentir
    Que não vai haver adeus jamais
    Há de responder com juras
    Juras, juras, juras imorais

    E quando o meu bem querer sentir
    Que o amor é coisa tão fugaz
    Há de me abraçar com a garra
    A garra, a garra, a garra dos mortais

    E quando o seu bem querer pedir
    Pra você ficar um pouco mais
    Há que me afagar com a calma
    A calma, a calma, a calma dos casais

    E quando o meu bem querer ouvir
    O meu coração bater demais
    Há de me rasgar com a fúria
    A fúria, a fúria, a fúria assim dos animais

    E quando o seu bem querer dormir
    Tome conta que ele sonhe em paz
    Como alguém que lhe apagasse a luz
    Vedasse a porta e abrisse o gás