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Joker – Folie a Deux

O tempo voou desde que o primeiro filme desta série me surpreendeu, há 5 anos atrás, e vou citar-me:

Não tinha expectativas nenhumas sobre este filme quando ouvi falar da sua produção, o que só tornou melhor a experiência de ver o resultado final; assim de repente a DC lança da cartola um filme que demonstra que afinal ainda é possível fazer bom cinema com o universo dos super-heróis e da banda desenhada.

Desta vez, foi diferente. Já trazia comigo a expectativa criada pelo impacto do primeiro filme, mas também aquela desconfiança clássica sobre as sequelas de grandes êxitos. Para agravar, mesmo tentando ficar cada vez mais imune a críticas e opiniões alheias, foi difícil ignorar a avalanche de comentários negativos que este filme recebeu da crítica e do público – e de como isso inevitavelmente pinga nas redes sociais.

Mas havia um trunfo inicial que já me fazia torcer por este filme: eu adoro musicais. E quando um musical aparece neste contexto específico, não é apenas um musical. É uma aposta de risco tremenda do autor – algo que, sejamos francos, anda em falta nesta indústria e, particularmente, neste universo cinematográfico.

No final, gostei mesmo do filme. Não amei; não é nenhuma obra-prima e está longe de alcançar o impacto do primeiro. Mas também não é justo compará-los. Este é um filme diferente, uma experiência singular. Oferece momentos musicais excelentes e, se esses forem retirados, talvez fique um pouco vazio – mas porra, é um musical! – e carrega consigo aquela angústia constante que mantém a dúvida: qual será o desfecho e a mensagem final? Redenção? Esperança? Ou apenas o vazio?

Venha mais gente sem medo de ousar.

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Andanças

Liverpool & London, Day 2

Ainda não ficamos com autoridade para dizer que conhecemos verdadeiramente Liverpool; aquilo que fizemos durante a manhã deste dia, até à partida do comboio do tio Richard Branson, foi uma espécie de speed tour pela cidade. Deu para ver aquilo que nos disseram que era o principal: Albert Dock, St George’s Hall e o tal do mítico pub “The Cavern”, onde os Beatles tocaram no tempo da avó cachucha.

Ygor Cardoso e John Lennon

Pode ser que um dia lá voltemos para conhecer melhor, mas honestamente, a cidade não me pareceu tão interessante quanto isso.

De regresso a Londres, e depois de um passeio por Oxford e Picadilly Circus, fomos experimentar assistir um musical no West End Londrino; assim a olho e numa decisão rápida, aquele com o qual mais nos identificamos foi o “Thriller Live”, um tributo ao MJ que nem é bem um musical, é mais um debitar das canções do gajo ao longo dos diversos períodos da sua vida (Jackson 5, Thriller, McCaulay Culkin, etc), pela voz e pelas pernas de diversos performers, masculinos e femininos.

Não é tão lamechas quanto seria de esperar (até porque já está em cartaz desde antes da morte) e o elenco é bastante talentoso, apesar de exagerarem no overacting de vez em quando; há, no entanto, grandes momentos de música e coreografia (smooth criminal à cabeça) e gostei do facto de utilizarem bastantes músicas das menos conhecidas. Bom entretenimento.

Ficou definido que a música oficial desta viagem é “Can You Feel It”, do tempo dos J5, grande pinta. Fica pra dançar.

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