Ainda não saiu da cabeça. Ainda não acredito. O gajo ainda vai voltar, preto, com a luva branca, e a dar um concerto do caraças.
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Beyonça
Antes de mais, estou proibido de comentar quaisquer aspectos além dos musicais, cenográficos e técnicos. Também, nem preciso.
Vou começar a análise com duas posturas tipicamente portuguesas:
A maior estrela mundial do momento teve aí, e eu tive lá; um bocado de longe, mas tive. A cagança.
A organização foi uma merda, tive que me dirigir a 3 balcões diferentes para poder levantar o bilhete, e o espectáculo começou 1 hora e tal depois do previsto. A ânsia de falar mal.
De resto, e apesar de o som estar muito distorcido de onde nós estávamos, dá para ver que a mulher canta muito, muito, muito, e mexe-se talvez ainda mais; o palco parecia pequeno, mas deu para fazer muita magia com os ecrãs, as luzes e as engenhocas, havendo inclusivé uma parte em que ela saiu a voar (!).
Por vezes algum espalhafato a mais e até um certo mau gosto, uma armadura com pele de onça que deve ter sido inspirada nos thundercats, e um aproveitamento da imagem do Barack um bocado forçado, mas aceito; é disto que o povo gosta.
Os momentos mais belos foram os mais simples, como Ave Maria ou Listen. Engraçado relembrar as Destinys Child, e enfiar Alanis Morisette (Oughta Know) no meio do mega-hit If I Were a Boy.
Por fim, os parabéns a você aos aniversariantes presentes, e uma revelação: “Lisbon, I’m yours”. A Beyonce é nossa, quem quiser que VÁ VUSCÁ-LA!
Guess Who’s Back
A pedido do Fred Fag:
Muito fraquito para começar. Chovendo no molhado, da forma mais previsível e insossa possível.
Alguns dirão que está a ser igual a si próprio, outros verão maior profundidade na história, uma ironia subtil com o facto dele próprio ser uma celebridade em decadência; eu digo que isto é fazer por fazer, só para mostrar que está vivo. Não faz falta.
Vou esperar para ouvir o resto do álbum, mas não acredito.
O Homem dos 200 Batuques
É incrível como certas pessoas de mérito passam a vida toda na sombra.
Nunca tinha ouvido falar no Paulinho da Costa (acredito que não seja o único), no entanto, já devo ter ouvido centenas de músicas com a batida dele.
O homem é um dos músicos mais requisitados do mundo; toca mais de duzentos instrumentos de percussão e já participou em músicas de artistas tão diversos quanto Michael Jackson, Bob Dylan, Madonna, Sting, Whitney Houston, Red Hot Chili Peppers, Offspring, etc, etc, etc…
A filmografia inclui a Academia de Polícia, os Gremlins, Flashdance, Missão Impossível, Virgem aos 40, etc, etc, etc…
Quando é que passa a Paulão?
P.S.: Descobri esta informação revisitando BAD, do eterno MJ, vendo o nome do Paulinho nos créditos. Vejam a versão completa do clip (15 minutos), que é uma curta-metragem realizada pelo Scorcese e com um então emergente puto Wesley Snipes. Vale sempre a pena.
Phalasolo
Eu gosto de hip-hop.
Dizer isto é quase um crime hoje em dia, e com razão de ser; a quantidade de merda que hoje em dia passa por música (e que faz sucesso) é absurda. Pior do que o lixo que se importa lá dos States, são as cópias baratas de Gangsta Shit que se fazem por cá.
Posto isto, venho louvar um artista português que lançou recentemente um álbum completamente gratuito, integralmente disponível para download, o que já de si é um acto de grande coragem e bom-senso; as caças às bruxas da pirataria são pura perda de tempo, o caminho a seguir é este (ou outro qualquer, o que é preciso é tentar).
O álbum até nem se encaixa de todo na categoria de hip-hop, mas inclui participações de alguns dos “notáveis” nacionais do género (Da Weasel e companhia), e é todo ele uma apaixonada homenagem ao funk e ao soul de outros tempos, com uma enorme mistela de samples e de estilos, mas sempre com critério e, na maior parte das vezes, bom gosto.
Além disso, quando não exagera, o gajo até consegue arrancar uns belos falsetes da goela.
Saquem que merece, não é nenhuma obra-prima mas sabe bem ouvi-lo.
Já agora, uma pequena consideração sobre o mais recente álbum de um rapper que passa um bocado ao lado mas que admiro bastante, o senhor Common.
Universal Mind Control é audível, é engraçado, entretém, mas é vulgar e enjoa rapidamente. Para o bem ou para o mal, demasiado “Kanyewestziado”; esse gajo tem as garras em todo o lado. Fico-me pelo “velhinho” be. Please let me testify!