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  • Há dias perfeitos

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    Desde que me conheço como gente que esperava que calhasse o Costa em sorteio ao Sporting. Palavra de honra. Mais um sonho concretizado.

    Pastéis de belém, Sporting a jogar com o Costa, benfinca a ser encavado na luz. Há dias perfeitos.

  • 1 Minuto de Astronomia

    Já tá óline aquela coisinha que anda a passar na RTP a ensinar astronomia.

    Até a falar de cometas o Sérgio Godinho emana poesia (nesta parte o irmão do Jel dir-me-ia para deixar de mamar no homem).

    Cometas from 1MinAstronomia on Vimeo.

  • Tese

    Agora que tenho a certeza absoluta, cá vai o tema da minha tese de mestrado: Métodos de Criação, Avaliação e Extensão de Ontologias para Descrição de Comunicações em Contexto de Organizações.

    Antes de mais, acho melhor explicar o que é uma ontologia e para que serve, não é? Vou tentar não me alongar muito.

    Epá o que é que existe? O que é que não existe?
    Epá o que é que existe? O que é que não existe?

    O conceito de ontologia surgiu já na Grécia Antiga, sendo logia o estudo, e onto do ser. No sentido metafísico, é o ramo da filosofia que estuda a natureza do ser, questiona o que existe e o que não existe, e de que modo podemos agrupar as entidades existentes.

    A nível das tecnologias de informação, uma ontologia constitui a representação formal de um conjunto de conceitos de um determinado domínio e as relações entre eles, com o objectivo de representar o conhecimento e de permitir inferência lógica a partir dele.

    Tal é alcançado através  de, entre outros, o uso de objectos, classes, relações e propriedades, em linguagens como o OWL. Suponhamos eu: sendo o objecto Ygor, pertenceria à classe das Pessoas, e teria a propriedade de ter olhos verdes. Estaria ligado por uma relação “adepto” ao Sporting, que seria um objecto da classe Clube de Futebol, Futebol esse que é um objecto da classe Desporto, e por aí adiante.

    As ontologias constituem uma das bases para o que vem sendo a Web Semântica (também lhe chamam 3.0); é através das ontologias que se especificam as conceptualizações (significados) da informação, tornando-a semanticamente rica, extensível e, fundamentalmente, perceptível, tanto por nós (humanos) quanto pelos computadores, que é a grande novidade: o texto aos “olhos” de uma máquina deixar de ser apenas texto, e passar a ter significado.

    Uma das coisas que me motivou foi que esta será à partida uma tese com utilidade, na medida em que está integrada num projecto duma solução de software de gestão de um centro comunicações (ECC – Enterprise Communications Center), sendo por isso abrangida por uma bolsa de investigação.

    O que eu vou fazer, basicamente, é modelar ontologias que se adequem ao contexto específico das comunicações em questão (cartas,telefonemas,e-mails,vídeo-chamada,etc), dos seus interlocutores e das suas organizações, tentando fazê-lo de modo a que seja tudo facilmente extensível a outros domínios e estabelecendo metodologias e técnicas próprias para esse efeito. Essas ontologias servirão de base para encaminhamento automático das comunicações, pesquisa, obtenção de resultados e navegação na aplicação.

    Wish me luck.

  • O Boi Novo e o Boi Velho

    Ontem um professor meu deu-me uma bela lição:

    O boi novo e o boi velho tavam em cima de uma colina, a observarem uma manada de vacas a pastar lá em baixo. O boi novo vira-se para o velho, muito afoito: “boi velho, bora, bora, bora lá comer uma vaca!”. O boi velho responde:  “calma… vamos masé devagarinho e comemo-las TODAS!”

    Isto foi a propósito da minha tese de mestrado, mas por enquanto não digo nada, que tou a ficar boi velho…

  • A Velha Costa, e a Costa Polis

    A minha casa fica por trás do Hotel Praia do Sol, da Rua dos Pescadores. Tenho com este hotel uma relação de amor-ódio, mas tenho que lhes dar a mão à palmatória desta vez: a propósito do seu septuagésimo quinto aniversário (são o hotel mais antigo da Costa), montaram uma exposição louvável, que mostra um pouco do que era a Costa dos anos 30 aos anos 60 do passado século. É raro haver iniciativas deste género nesta cidade, que constantemente esquece ou esconde a enorme tradição que carrega.

    A exposição não tem tantas imagens quanto isso, mas as que lá estão, são de qualidade, e muito bem acompanhadas da respectiva contextualização histórica; ficamos a conhecer a origem do problema da falta de planeamento urbanístico do território, e a história de Manuel de Agro Ferreira, o grande dinamizador turístico da actual cidade, que até então nem vila era.

    Panorâmica da Costa, Rua dos Pescadores, Década de 50
    Panorâmica da Costa, Rua dos Pescadores, Década de 50
    Hotel Praia do Sol, Década de 40
    Hotel Praia do Sol, Década de 40
    Idílio Sobre a Areia Dourada, 1 de Outubro de 1934
    Idílio Sobre a Areia Dourada, 1 de Outubro de 1934
    Praia do Sol, Anos 40
    Praia do Sol, Anos 40
    Cartaz de Promoção
    Cartaz de Promoção

    Ver essas imagens levaram-me a pensar na Costa de hoje, agora que finalmente são visíveis os efeitos do programa Polis, que deveria ter terminado em 2006, e vai nesta altura mais ou menos a meio caminho. Quem reclamou das obras ou mesmo dos seus resultados, revela uma tacanhez tremenda: a Costa está incomensuravelmente mudada para melhor.

    A Costa finalmente tem a frente de praias que merece, ainda que inacabada. O chamado pontão já não era nada, completamente esburacado e esbaforido, dando até mesmo ar de pós-guerra, a partir do Primoroso; os restaurantes e bares não eram mais que barracões velhos de mau aspecto, por mais personalidade que lhes restasse; piores ainda eram os antigos contentores carunchosos dos pescadores, uma nojice tremenda, que em nada dignificava a honrosa profissão dos homens.

    O paredão está inteiramente renovado, e com bastante mais espaço, organização e iluminação; os restaurantes e bares, ainda que à primeira vista aparentassem uma padronização um tanto quanto sem graça, estão agradáveis e bem aproveitados. Ao longo de todo o caminho, bastantes bancos e alguns chafarizes (que não funcionam muito bem, mas dão para o gasto).

    Velho Barbas
    Velho Barbas
    Novo Barbas
    Novo Barbas

    Foram colocadas escadas de acesso às praias bastante largas, com um ar de segurança contrário às de pedra, que todos os anos eram destruídas; as praias em si levaram mais uma vez com preenchimento de areia, que não tenho a certeza que dure, mas que lhes confere um óptimo aspecto, travou o avanço do mar e desafogou a sobrelotação este ano. Os apoios de praia dos pescadores são um autêntico luxo, comparado com os antigos contentores.Vai sendo feita uma ciclovia, que de momento ainda só vai do Tarquínio ao Cuíca, mas que promete acompanhar todo o paredão.

    Velhos Apoios dos Pescadores
    Velhos Apoios dos Pescadores
    Novos Apoios dos Pescadores
    Novos Apoios dos Pescadores

    A Avenida General Humberto Delgado foi reorganizada, aberta aos dois sentidos em toda a sua extensão (era apenas para transportes públicos a partir da Feira dos Ciganos), e reservada em grande parte para maior trânsito pedonal. A rotunda que foi feita por trás do Barbas aparenta não ter sido muito pensada (não conseguem entrar e sair da rotunda ao mesmo tempo dois autocarros em sentidos opostos), mas o trânsito de verão melhorou, ainda assim.

    O velhinho Parque de Santo António deu lugar a um Parque Urbano com três Parques Infantis enormes, dois campos de ténis e bastante espaço verde ao redor, ainda que à custa do abatimento de muitas árvores antigas. Outras já começam a nascer em seu lugar.

    A Feira dos Ciganos também desapareceu. Por mais que me desse jeito para comprar meias e boxers, o amontoado de lixo e de confusão que dali saía diariamente não deixa saudades nenhumas. Não percebo bem o intento da espécie de rotunda a que deu lugar, que vai sendo aproveitada como estacionamento;  fico à espera que ainda me surpreenda.

    Como nem tudo é um mar de rosas, alguns pontos negativos:

    • Agora já não é só um Barbas a assombrar, são três: Barbas Catedral, Barbas Tertúlia e Barbas Clube de Praia! Louvo-lhe, no entanto, a “visão de jogo”, e os espaços até estão com bom gosto.
    • Parece-me que nunca mais verei o senhor que todos os verões montava uma barraquinha de bandas desenhadas ao pé do Paraíso, personagem extremamente marcante da minha infância.
    • O mítico comboio da praia, que liga a Costa à Fonte da Telha, não deixou de existir mas foi deslocado para longe do centro, com partida na Nova Praia, que não tem ligação directa com nada senão os parques de campismo (que também vão desaparecer); não me faz grande sentido, mas parece que a ideia é deslocar futuramente o centro da Costa pr’aquelas bandas.
    • Deixou de haver a tradicional pesca de arte xávega nas praias centrais; nesse ponto, ao que consta, os pescadores ainda estão a lutar.

    De resto, só tenho a desejar que o ritmo se mantenha, dado que ainda há muita coisa a melhorar.

  • Cartoon do António

    Faz 34 anos que o António faz com mestria o Cartoon do António, do Expresso. Como deve ser, sem papas no lápis. Dos melhores.

    Padre Frederico, "Deixai vir a mim as criancinhas", 1993
    Padre Frederico, "Deixai vir a mim as criancinhas", 1993
    Alberto João Jardim, O Vesúvio aqui tão perto, 1993
    Alberto João Jardim, O Vesúvio aqui tão perto, 1993
    Mário Soares e Cavaco Silva, O Cachimbo da Paz, 1994
    Mário Soares e Cavaco Silva, O Cachimbo da Paz, 1994
    Soares e Alváro Cunhal, À Espera do Outono Quente, anos 70
    Soares e Alváro Cunhal, À Espera do Outono Quente, anos 70
    João Paulo II, 92
    João Paulo II, 92
  • Dilemas

    Em Outubro, o Sporting joga com o Hertha em Alvalade, no dia primeiro.

    A mais que mais que tudo faz anos a 5; calha num fim de semana prolongado, exige a bela da escapadela.

    A 9, o Seu Jorge canta no Campo Pequeno. A 10, tenho que pagar a propina da faculdade.

    No mesmo Campo Pequeno, cantam o Sérgio Godinho, o Fausto e o Zé Mário Branco, a 22.

    Porque é que o dinheiro não estica?

    Again:

  • Vida Nova

    Como obviamente repararam, rendi-me às maravilhas do WordPress, e da presunção de ter um domínio com o meu nome. Espero que gostem.