Vi todos os filmes recentes da Marvel, mas nos últimos setenta e cinco, terminei sempre a jurar para mim mesmo que nunca mais ia perder tempo a ver exatamente a mesma fórmula, com outro cheiro.
Isto é completamente diferente, e em boa hora veio demonstrar o que é ser verdadeiramente original, mesmo com as amarras de um grande estúdio por trás.
Confesso que não esperava tanto, e a overdose de conteúdo promocional com que levamos nas redes até o filme estrear deixou-me ainda mais desconfiado, mas os receios acabam ao fim do primeiro minuto de filme – estilo Deadpool de início ao fim, turbinado com os direitos e o dinheiro da Marvel/Disney.
Exagero por todo o lado – sangue, sangue, sangue, politicamente correto pelo ralo abaixo a toda a hora, mais sangue, e, a cereja no topo do bolo, um bando de cameos absolutamente extraordinários, que no meio de tanto non-sense acabam por fazer um sentido incrível, e aquecem o coração de quem teve a adolescência no final dos anos 90 e início dos 00’s.
Todo o filme dá a sensação de que o Deadpool fica por aqui; por mais que fiquemos a salivar por mais, não vejo melhor maneira de fechar este ciclo em apoteose.
Obrigado, Ryan e Hugh.