Se o livro anterior (O Irmão Alemão) já me tinha deixado sentimentos mistos, este novo romance do Chico Buarque não me convenceu mesmo, de todo.
Anunciado pela editora como “uma tragicomédia urgente que encara de frente o Brasil de agora”, acho que peca precisamente pela forma forçada como vai tentando chamar a atenção para os problemas do Rio de hoje (intolerância, extremismo, desigualdade, etc.); pela inteligência e pela mestria nas palavras que ele tem, esperava uma sátira mais mordaz mas menos denunciada.
É uma leitura fácil e até cativante, tem umas trocas interessantes de narrador e umas misturas entre discurso directo e delírio, mas esperava um toque de génio que me deslumbrasse mais.