Visto que perdemos duas peças que queríamos ver ultimamente (as duas últimas do Gonçalo Waddington), ontem houve um rebuçado para compensar: fomos ver uma peça de teatro amador, na Faculdade de Ciências Médicas da UNL. O Ginjal, de Tcheckov, pelo Grupo de Teatro Miguel Torga.
Não vou fazer uma crítica habitual minuciosa das minhas nem destacar ninguém, mas posso dizer que foi uma boa surpresa. Apesar de ter sido a primeira peça de Tcheckov que vi in loco, estou mais ou menos familiarizado com a obra, e esperava uma versão mais light da coisa, mas nada disso, o pessoal entrega-se mesmo de corpo e alma a um texto que não é pêra doce, proporcionando momentos muito bem conseguidos, dadas as limitações. Não limitações de talento (que claro que existem, uns com mais outros com menos), mas de ser levado a cabo por pessoal que dá no duro nos seus regular jobs.
Isto tudo feito por mero amor à arte, mais que bonito é uma lição.