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Dia da Mulé

Ainda na senda de Millôr Fernandes, algumas deixas do mesmo sobre a Mulher:

  • Mulheres são criaturas que se ignoram com o máximo de atenção.
  • Por mais que a gente acredite numa mulher, ela sempre acaba fazendo algo inacreditável.
  • De que serve mentir a idade, se a tua cara já está tão cheia de biografia?
  • Amizade é aquilo que uma mulher sente por outra quando ambas detestam uma terceira.
  • A primeira coisa que uma mulher observa num homem é se ele a observa.
  • Uma mulher perdida não passa de uma mulher muito encontrada.
  • Um homem deve fazer sempre o que bem entende, já que a mulher só faz o que nem entende.
  • A mulher que se entrega sem casar… eis a arte pela arte.
  • Era uma dessas mulheres que só dizem o que pensam. Por isso, às vezes, ficava dias e dias sem dizer uma palavra.
  • A diferença entre uma compra masculina e uma compra feminina é que, em geral, o homem paga o dobro do que o artigo vale e a mulher consegue pagar metade do que o artigo não vale.
  • A mulher nunca acha que sacou de mais: ela acha sempre que o marido depositou de menos.
  • Hoje em dia chama-se de mulher fiel aquela que trai sempre o mesmo homem.
  • Há homens que devem à esposa tudo o que são, mas em geral, os homens devem à esposa tudo o que devem.
  • Dizia uma – Que magnífico vestido esse teu, querida! Nunca me canso de admirá-lo! Cada ano que você o usa eu o acho mais bonito!
    Dizia a outra – Esse tecido que você está usando também é uma beleza! Porque você não o transforma em vestido?
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Millôr Fernandes


Demorei 22 anos da minha vida a tomar contacto com a deliciosa escrita de Millôr Fernandes. Sacrilégio!

Até me sinto envergonhado de escrever qualquer coisa sobre alguém que brinca (literalmente) com a língua portuguesa com tamanha mestria. Assim sendo, desta vez vou copiar feito:

“Encerrados na província, dramaticamente ocupados a polir a nossa albarda, somos literalmente atropelados por Millôr.
Pela inteligência do homem: uma ironia gentil, um pessimismo brando, a tristeza própria de quem ri para não chorar.
E então descobrimos que o português escrito é um pedaço de barro com possibilidades infinitas”.
por João Pereira Coutinho

Estou começando pelas Fábulas Fabulosas, espero devorar tudo o resto nos próximos tempos. Um cheirinho aqui.

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