Pátria que me pariu

Gentileza Gera Gentileza

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Já ouvi esse ditado ou mantra em Portugal, mas creio que poucos por aqui sabem da sua origem, e da incrível história do seu autor, o Profeta Gentileza.

O Profeta Gentileza foi uma das personagens mais folclóricas e conhecidas do Brasil até à sua morte, em 1996.

Nascido José Datrino, tornou-se Gentileza após uma alegada visão sobre o fim dos tempos, no início dos anos 60. Outrora empresário, deixou crescer a barba e decidiu percorrer o país espalhando mensagens de bondade e amor, e amaldiçoando o dinheiro, condutor do abismo.

Seguindo esse estilo, ao sistema financeiro dominante a nível internacional ele se referia como Capetalismo, numa tirada de génio.

A ironia da história é que, contrariamente à filosofia de vida que o Profeta pregava, a sua frase-chave deu origem a inúmeros produtos de marketing extremamente lucrativos, desde meros ímanes de frigorífico até ténis All Star de 100 reais.

Não sei se esse fenómeno tem nome “científico”, mas se não tem merecia, pois assim de repente me vem logo à cabeça os nomes Bob Marley e Che Guevara.

Do seu legado persistem as suas famosas 55 inscrições, pintadas no Viaduto do Caju, sendo a mais ilustre a tal, a própria, “Gentileza Gera Gentileza”. E gera.

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