Esta semana comecei um curso de francês no ILNOVA. Esperei passar as duas primeiras aulas para escrever isto, para ver se o entusiasmo era justificado ou se era só tesão do mijo.
Durante os últimos 3/4 anos lectivos da faculdade, sempre que se iniciava um semestre, dizia que era desta que ia me meter num curso de línguas qualquer, mas nunca se proporcionou. Agora estou a trabalhar ali perto da FCSH, o horário era favorável e foi uma das últimas oportunidades de aproveitar o desconto de membro da Universidade Nova (não mais aluno, ainda bolseiro).
Porquê o francês? Eu ainda cheguei a ter um bocadinho de francês na escola básica, mas não aprendi absolutamente nada; parti um bocado por aí, para dar uma segunda oportunidade à língua, mas também pela utilidade. Para tentar ler os poemas do Rimbaud no original, para ouvir Serge Gainsbourg e perceber, e por aí vai. E claro, para arranhar qualquer coisa na lua-de-mel!
Curiosidades aleatórias que aprendi até agora:
- Na França, as caixas de correio não tem os andares e números das portas, tem o nome das pessoas. Acho que é parvo, tanto pela hipótese de haver pessoas com nomes repetidos quanto pela privacidade. Não sei se é assim em toda a França também, mas foi o que percebi.
- La mercerie não é mercearia, é retrosaria; l’épicerie é que é mercearia, que vem de épice (especiaria), dado que as mercearias surgiram para vender especiarias.
- É rude chamar as pessoas só de Madame ou só de Monsieur (fora as saudações). Esse hábito era reservado às prostitutas e aos chulos, no século XVIII.
- Le Chili não é nada picante, é mesmo o Chile. Quem nasce no Chili é le chilien ou la chilienne.
- Como visto na frase anterior, tudo, tudo, tudo em francês tem que incluir o artigo (le, la, les). Sempre.
Mais uma língua, mais uma ferramenta.