Anda um meme a circular nas redes sociais, com diferentes versões, em que alguém lista três coisas baratas na Disney e no final são do género – caminhar, respirar e apreciar a vista. É bem verdade, e é questão de mentalizar: visitar a Disney World é um luxo, a entrada custo os olhos da cara, e qualquer coisinha a mais que tenhamos que pagar lá dentro é extremamente inflaccionado. Aceitando e tirando isso do caminho… é uma experiência incrível.
Começando pelo fim – vale a pena mesmo? Havendo possibilidade disso, vale, sempre, mas honestamente, a Eurodisney em Paris não fica propriamente atrás. A diferença principal é mesmo a envolvência, a percepção da imensidão que é a metrópole Disney e, para quem é do outro lado do Oceano, como nós, o ambiente americano, que é obviamente diferente.
Voltando ao começo – para recuperar da facada que foram os bilhetes de entrada, não ficamos num hotel da Disney, mas no Magic Moment Resorts & Kids Club, um pequeno hotel familiar em Kissimmee, que fica a 10 minutos de carro, e até tem shuttles gratuitos. Tirando o próprio carro, de que já falei no post anterior, foi a melhor coisa que tivemos a nível de relação preço-qualidade durante toda a viagem.
A viagem de Miami para Orlando dura cerca de 4 horas (dependendo da rota) e é bem tranquila. A minha vontade era parar em Crocodile Corner e finalmente ver um crocodilo a sério, mas ninguém alinhou, então fizemos uma paragem em Palm Beach para descansar, mas principalmente para ficarmos embasbacados e nos sentirmos pequenos com a dimensão das mansões e resorts que existem por lá. Fugimos rapidamente.
Chegados a Orlando, ou melhor, à Disney, porque nem sequer chegamos mesmo a ver o centro da cidade-mãe, optamos por visitar dois parques (existem quatro, e mais vários aquáticos), o Magic Kingdom e o Hollywood Studios. Apesar de serem relativamente equivalentes, em termos de atrações, aos de Paris, cada um deles tinha um atrativo que o tornava obrigatório – o espetáculo Happily Ever After, de luzes e fogos de artifício, no Magic Kingdom, e o Runaway Rail, nos Studios, que é a única atração do Mickey em todos os parques Disney! O espetáculo já esperávamos que fosse incrível, e cumpriu todas as expectativas, e o Runaway é muito, muito divertido e cheio de detalhes e surpresas.
Algumas dicas aleatórias:
- O próprio estacionamento é pago e bem pago, portanto se tiverem oportunidade de usar um shuttle ou outro meio de transporte, façam-no
- O Genie+ service (entre outras coisas, dá fast pass a atracções) só compensa “a sério” se entramos no parque cedo e formos estando sempre atento às marcações, porque só conseguimos marcar furar a fila de uma atração depois que tivermos saído de outro. Seguindo esse esquema, no máximo, dá para 4-5 atrações por dia.
- Convém chegar mesmo cedo ao Happily Ever After, porque as ruas enchem muito, muito. O Castelo é grande e os fogos são altos, mas quanto mais perto estivermos, mais impactante o espetáculo é.
- A fila para sair do Magic Kingdom pode ser pior do que para entrar; há duas formas de aceder ao parque – por um shuttle de comboio ou por um ferry. Nós entramos pelo ferry e saímos pelo shuttle, e acho que foi uma má opção, porque afunila muito mais do que o barco e demoramos mais de uma hora para regressar ao estacionamento.
Se vamos voltar? Provavelmente, até porque a mais pequena não vai lembrar de nada, mas com maior probabilidade ainda, vai demorar o seu tempo.