Na semana passada fomos com as crianças ver a peça da Universal Music baseada n’O Principezinho de Saint-Exupéry, que está em cena no Teatro da Trindade. A história é sobejamente conhecida e intemporal; esta encenação, além de apostar na vertente musical, joga também com uma forte componente multimédia, num cenário altamente dinâmico e com projecções de video mapping muito eficazes e fiéis ao imaginário do livro.
O espectáculo é visualmente deslumbrante e contado de forma acessível e transversal a todas as idades, só pecando em determinados momentos, na minha opinião, por algum exagero e megalomania; há uma série de “capítulos” (condensados aqui em músicas) que são apresentados de rajada sem dar o devido tempo para apreciarmos e absorvermos devidamente o que se está a passar, sendo que as partes mais tocantes acabam por ser os mais simples, sejam as conversas do principezinho com o aviador ou músicas mais introspectivas como A Rosa.
Acima de todos esses floreados está o elenco, sempre a um nível muito elevado, tanto na representação quanto nas cantorias, conforme o exemplo acima demonstra, agarrando e conquistando definitivamente o público pela valia que empregam à história.
Uma nota para os lugares do balcão lateral no Teatro Trindade: a visibilidade é terrível, especialmente para as crianças; felizmente sobraram lugares nos camarotes acima, e o staff foi suficientemente gentil para oferecer esses lugares às crianças e às mães dos nossos grupo.