Mês: Maio 2009

  • Saga das Amígdalas – Season Finale

    A novela ainda não chegou ao fim, mas o guião já está escrito.

    Vim agora do meu velho amigo Otorrino. Expus novamente o drama, fizemos as contas, e desde Dezembro tive 5 amigdalites, o que dá uma por mês.

    Reacção imediata do Doutor: “vou tirar-te as amígdalas, importas-te?”. Maior favor não me podia ele fazer. Finalmente, disse que não vale a pena tentar mais nada, que extrapolo completamente os requisitos de indicação de cirurgia e que as minhas amígdalas já estão podres por dentro.

    Em princípio, fica para Janeiro/Fevereiro. Cerca de 7 meses em que tenho que continuar a aguentar-me, que não são nada para quem esperou 22 anos. Ao menos, há luz.

  • Más que un club

    Tinha que ser assim.

    Os bretões facilitaram, vestindo o uniforme branco e fazendo lembrar o Real Madrid; obviamente, não foram respeitados.

    Seria crime o futebol mecânico do Manchester destronar a arte dos catalães. Nunca vi uma equipa assim, nunca. Aos pés daqueles homens, cada centímetro de relva se torna um latifúndio. Chega a enervar a pose de treino com que tratam a bola.

    O melhor jogador da Ilha da Madeira está uns furos abaixo daquele nível, e sempre estará. A discussão entre Cristiano e Lionel é também uma parvoíce; os melhores do mundo deste ano dão pelo nome de Xavier Hernández e Andrés Iniesta.

    Pep Guardiola, em nome dos que amam o futebol, o meu muitíssimo obrigado. Simplesmente um Senhor.

  • Eleições Sporting

    Peço que quem seja ou conheça associados, perca algum tempinho a estudar, e se para aí estiver virado, divulgar, com todas as forças que tiver.

  • Restaurant Week Lisboa

    Começou ontem a Restaurant Week Lisboa. Os chefes de 26 dos melhores restaurantes de Lisboa vão preparar menus low-cost, “somente” a 20 euros por pessoa.

    20 euros para comer pratos deste estilo:

    As reservas já esgotaram. Sou só eu que acho que ainda deviam me pagar, por passar fome?

  • MVP 2009

    Como se fosse preciso picar mais:

  • Beyonça

    Antes de mais, estou proibido de comentar quaisquer aspectos além dos musicais, cenográficos e técnicos. Também, nem preciso.

    Vou começar a análise com duas posturas tipicamente portuguesas:

    A maior estrela mundial do momento teve aí, e eu tive lá; um bocado de longe, mas tive. A cagança.

    A organização foi uma merda, tive que me dirigir a 3 balcões diferentes para poder levantar o bilhete, e o espectáculo começou 1 hora e tal depois do previsto. A ânsia de falar mal.

    De resto, e apesar de o som estar muito distorcido de onde nós estávamos, dá para ver que a mulher canta muito, muito, muito, e mexe-se talvez ainda mais; o palco parecia pequeno, mas deu para fazer muita magia com os ecrãs, as luzes e as engenhocas, havendo inclusivé uma parte em que ela saiu a voar (!).

    Por vezes algum espalhafato a mais e até um certo mau gosto, uma armadura com pele de onça que deve ter sido inspirada nos thundercats, e um aproveitamento da imagem do Barack um bocado forçado, mas aceito; é disto que o povo gosta.

    Os momentos mais belos foram os mais simples, como Ave Maria ou Listen. Engraçado relembrar as Destinys Child, e enfiar Alanis Morisette (Oughta Know) no meio do mega-hit If I Were a Boy.

    Por fim, os parabéns a você aos aniversariantes presentes, e uma revelação: “Lisbon, I’m yours”. A Beyonce é nossa, quem quiser que VÁ VUSCÁ-LA!

  • A Costa, Hoje


    Foto ranhosa com o telemóvel

    Quem conhece minimamente a Costa, conhece este personagem épico: O Homem dos Toques.

    Dele muita coisa se diz, mas pouco se sabe; o que é certo é que ele dá toques, sem parar, faça chuva ou faça sol.

  • E mais Gota d’Água

    Ainda não me saiu da cabeça.

    Salientando mais uma vez a interpretação e a goela da Izabella, principalmente a partir dos 2 minutos até ao final:

    Estrondosa. Entranha na alma.

    Já lhe dei meu corpo
    Minha alegria
    Já estanquei meu sangue
    Quando fervia
    Olha a voz que me resta
    Olha a veia que salta
    Olha a gota que falta
    Pro desfecho da festa
    Por favor…

  • Gota d’Água

    Extraordinário, maravilhoso.

    Diferente da Ópera do Malandro: mais forte, mais pesado, a carga emocional que a música emprega é mais intensa, não fosse ele baseado numa tragédia grega (Medeia, de Eurípides).

    Ainda estou pensando como é que a Izabella Bicalho, daquele tamaninho, consegue ter um vozeirão daqueles.

    Não que restassem dúvidas: Chico Buarque é o maior génio musical que existe.

    Quando o meu bem querer me vir
    Estou certa que há de vir atrás
    Há de me seguir por todos
    Todos, todos, todos os umbrais

    E quando o seu bem querer mentir
    Que não vai haver adeus jamais
    Há de responder com juras
    Juras, juras, juras imorais

    E quando o meu bem querer sentir
    Que o amor é coisa tão fugaz
    Há de me abraçar com a garra
    A garra, a garra, a garra dos mortais

    E quando o seu bem querer pedir
    Pra você ficar um pouco mais
    Há que me afagar com a calma
    A calma, a calma, a calma dos casais

    E quando o meu bem querer ouvir
    O meu coração bater demais
    Há de me rasgar com a fúria
    A fúria, a fúria, a fúria assim dos animais

    E quando o seu bem querer dormir
    Tome conta que ele sonhe em paz
    Como alguém que lhe apagasse a luz
    Vedasse a porta e abrisse o gás